Bancadas estudam indicar suplentes para caso Jardel

As bancadas com representação na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa devem indicar amanhã os nomes dos parlamentares que podem compor a comissão processante que vai analisar as denúncias de corrupção contra o deputado estadual Mário Jardel (PSD). Diante do constrangimento em julgar a cassação de um colega sentimento alegado por quase todos os membros titulares do colegiado, algumas legendas cogitam escolher nomes de suplentes.

Uma delas é o PMDB. Diante da hesitação dos titulares Ibsen Pinheiro e Gilberto Capoani em integrar o trio que vai se debruçar sobre o caso, o suplente no colegiado, Tiago Simon (PMDB), se ofereceu para a tarefa. Embora os peemedebistas ainda não tenham batido o martelo, a tendência é que Tiago Simon represente o partido. "Se ele quiser participar (da comissão processante), abro mão da minha vaga de titular para ele, que é suplente, assumir", garantiu Capoani.

O PT também pode indicar um suplente, pois a petista Stela Farias afirma que, por problemas de saúde, pode ter que se licenciar do Parlamento por um tempo. "Não vamos fugir da nossa responsabilidade. Ainda não nos reunimos para discutir. Mas existe a possibilidade de indicar um suplente, porque talvez tenha que me licenciar para tratamento de saúde", declarou Stela. Os suplentes são Tacisio Zimmermann e Zé Nunes.

Além do PT e do PMDB, apenas o PP tem dois representantes na Comissão de Ética. Mas, segundo Sérgio Turra (PP), a sigla não pretende indicar um suplente. Portanto, a vaga deve ficar com Turra ou Marcel van Hattem.

Há ainda bancadas, como a do PTB, que não querem ter representação da tríade de parlamentares que vai dar seguimento ou não ao processo de cassação de Jardel. Contudo, o presidente da comissão, Juliano Roso (PCdoB), garantiu que, se as bancadas não indicarem ninguém, os três parlamentares vão ser escolhidos por sorteio. 

Na reunião passada do colegiado, na quinta-feira, que contou com a presença de Jardel, a indicação dos nomes foi adiada.