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Economia

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2016 às 16:11

Brasil apoia plano da Bolívia se tornar centro energético internacional, diz Dilma

Evo Morales fez sua primeira visita oficial ao Brasil desde que Dilma chegou ao poder

Evo Morales fez sua primeira visita oficial ao Brasil desde que Dilma chegou ao poder


Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação/JC
Estadão Conteúdo
Ao lado do presidente da Bolívia, Evo Morales, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (2), que o Brasil apoia o objetivo do país vizinho de se transformar em centro energético internacional. "Evo e eu repassamos os principais temas da agenda bilateral", disse a presidente, destacando a importância da integração energética. "O Brasil estimula e apoia o objetivo anunciado pelo presidente Evo de transformar a Bolívia em centro energético internacional".
Ao lado do presidente da Bolívia, Evo Morales, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (2), que o Brasil apoia o objetivo do país vizinho de se transformar em centro energético internacional. "Evo e eu repassamos os principais temas da agenda bilateral", disse a presidente, destacando a importância da integração energética. "O Brasil estimula e apoia o objetivo anunciado pelo presidente Evo de transformar a Bolívia em centro energético internacional".
No esforço de tentar ampliar as relações comerciais do Brasil, a presidente recebeu ontem o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, e anunciou que os dois discutiram uma forma de agilizar o acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia.
Ao lado do líder da Bolívia, Dilma afirmou ainda que o Brasil apoia de forma "firme" e "determinada" a adesão da Bolívia ao Mercosul e disse que ela aprofunda a integração sul-americana. "(A adesão) confirma a atratividade do bloco, aumenta a atratividade do bloco, fortalece o propósito de eliminar barreiras comerciais", afirmou.
Ao destacar a importância energética da Bolívia para o Brasil, Dilma disse que o vizinho é "fundamental" e "estratégico", mas ponderou que é preciso ampliar o comércio entre os dois países. "Somos o primeiro destino das exportações bolivianas e o segundo maior fornecedor de produtos para o país", declarou. "É necessário, porém, aumentar e diversificar as nossas trocas para voltar a superar o patamar de US$ 5 bilhões de intercâmbio comercial."
Dilma citou que hoje a Bolívia contribui com cerca de 30% da oferta de gás natural e afirmou que, mediante novos investimentos, o vizinho deve ampliar seu potencial de produção e exportação e os dois países ainda podem ampliar parcerias. "Estabelecemos em 2015 o Comitê Binacional sobre energia para trabalharmos na identificação e desenvolvimento de novas oportunidades, como, por exemplo, o aproveitamento hidrelétrico conjunto do Rio Madeira", afirmou.
Segundo a presidente, há interesse do Brasil em avançar em projetos de infraestrutura que facilitem os fluxos entre os países, na América do Sul e nos mercados extrarregionais. "Abordamos e definimos o estudo e avaliação econômico-financeira do projeto do corredor ferroviário bioceânico central, projeto complementar a ferrovia transcontinental", citou a presidente.
Dilma disse ainda que, na conversa, os dois presidentes fizeram uma análise da conjuntura econômica internacional e seu impacto em países como Brasil e Bolívia e abordaram a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, chikungunya e do zika.
Em seu discurso, Morales citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao agradecer o apoio do Brasil para a economia da Bolívia. Em seguida, Dilma ofereceu a Morales um almoço no Palácio Itamaraty, com o tradicional brinde entre chefes de Estado. No discurso do brinde, Dilma aproveitou para convidar o colega para visitar o Brasil durante os Jogos Olímpicos.

Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia

Em 2015, as exportações brasileiras para a Bolívia caíram 8% (de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,5 bilhão). Já as importações tiveram queda de 34,3% (de US$ 3,8 bilhões para US$ 2,5 bilhões) em relação a 2014. O Brasil é o principal destino das exportações bolivianas, devido à venda do gás natural.
Em 2015, os cinco principais mercados de destino das exportações bolivianas foram Brasil (28%), Argentina (17%), EUA (12%), Colômbia (7%) e China (5%), correspondendo a aproximadamente 70% das exportações globais da Bolívia.
Já as exportações brasileiras para a Bolívia são compostas basicamente de manufaturados (96,4% em 2015), com destaque para barras de ferro, betume de petróleo, condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz, calçados e fungicidas.

Visita de Evo Morales é inédita

Essa é a primeira visita oficial do líder andino ao Brasil desde que a governante chegou ao poder, há pouco mais de cinco anos. Dilma assumiu a Presidência em janeiro de 2011 e desde então teve vários encontros com Evo Morales à margem de cúpulas ou em outros foros.
Os dois também estiveram nas respectivas cerimônias de posse, mas até agora ainda não haviam tido uma reunião oficial de trabalho bilateral como a de hoje.
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