Segurança não pode mais ser apenas uma sensação

A sociedade brada em coro, quer mais segurança. Aqui em Porto Alegre, no Estado e no Brasil. Infelizmente, o amor pela vida e o respeito ao bem supremo caíram demais no País nos últimos anos.

Não temos segurança eficiente e nem a já folclórica sensação de segurança. Estamos, todos, inseguros, ouvindo ou presenciando diariamente casos de roubos, furtos, violência.

Devemos realçar que não será possível colocar um policial militar em cada esquina, mas falta efetivo no Rio Grande do Sul. Isso está claro.

Mesmo com as adversidades, Brigada Militar e Polícia Civil vêm se esforçando por fazer um bom trabalho, na captura de quadrilhas e no combate aos crimes ligados ao tráfico de drogas, o principal motivo de assassinatos registrados em Porto Alegre e Região Metropolitana.

Em ano de eleições municipais, os brasileiros devem ficar atentos para uma boa escolha. Evidentemente que as questões básicas continuarão como mote de todos os candidatos, seja prefeito ou vereador. Então, os pontos centrais, saúde, segurança e educação, estarão nos debates doravante.

Os porto-alegrenses, entretanto, somente sentir-se-ão seguros ou deixarão de se sentirem inseguros em casa e, mais ainda, nas ruas, quando tiverem a exata sensação do contrário daquilo que atualmente pensam, ou seja, há uma insegurança geral. E bancos são assaltados quase que diariamente.

Quer dizer, aquela sensação de ficar olhando para trás e imaginando que, a qualquer momento, um revólver será encostado no vidro do carro ou, nas calçadas, em nossas cabeças, é a narrativa de dezenas de porto-alegrenses, uma rotina desanimadora. É uma neurose coletiva, uma fobia social.

Exatamente é o que está acontecendo com a segurança pública. Até pouco tempo, estar em um centro comercial era um prazer não falado de segurança. O mundo cruel e os bandidos ficavam lá fora, em um outro mundo. Pois isso não acontece mais. Não plenamente.

Em São Paulo, por exemplo, quadrilhas de ladrões estão se especializando em furtar objetos de veículos em estacionamentos de shopping centers.

Ano passado, ocorrências desse tipo foram registradas em pelo menos 10 centros de compras em todas as regiões da cidade. Os gatunos usam todo tipo de artifício para escapar do sistema de segurança.

Tanto que a polícia paulista flagrou um casal de ladrões carregando um bebê como disfarce. Se tem psicopatas que abusam sexualmente de crianças, agora eles, os nenês, são usados para disfarçar duplas de ladrões. Um casal de assaltantes levava o filho, de 1 ano e 7 meses, durante as ações. Os objetos roubados eram guardados na bolsa da criança e, depois, levados para um carro.

Os criminosos são rápidos. Uma universitária não passou meia hora estacionada em um centro comercial, mas foi o suficiente para levarem o estepe do seu carro, bolsa, dinheiro e DVD.

Então, vamos nos acautelar que a insegurança reina. Como a educação está sendo reprovada em quase todas as questões e não passa para um padrão superior, temos que nos cuidar e pedir a ajuda divina para não sermos a próxima vítima.