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Opinião

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 17:48

Transporte coletivo é solução, e não um problema

Porto Alegre tem uma tradição de bons serviços no transporte coletivo. E isso vem desde o final do século XIX, com os bondes puxados por muares, quando se salientava o popular "chope duplo", um bonde com dois andares, mas que não vingou no modelo posterior com os chamados elétricos da mesma Carris. Adquirindo bondes elétricos em grupos trazidos da Inglaterra e do Estados Unidos da América (EUA), a empresa viu sua frota não apenas aumentar como ficar com uma diversidade de modelos. Desde o chamado bonde "Gaiola", usado, preferencialmente, na única linha circular da cidade, a Duque de Caxias, no atual Centro Histórico. Houve uma tentativa com ônibus elétricos, os "trolley bus", mas que não teve sucesso. 
Porto Alegre tem uma tradição de bons serviços no transporte coletivo. E isso vem desde o final do século XIX, com os bondes puxados por muares, quando se salientava o popular "chope duplo", um bonde com dois andares, mas que não vingou no modelo posterior com os chamados elétricos da mesma Carris. Adquirindo bondes elétricos em grupos trazidos da Inglaterra e do Estados Unidos da América (EUA), a empresa viu sua frota não apenas aumentar como ficar com uma diversidade de modelos. Desde o chamado bonde "Gaiola", usado, preferencialmente, na única linha circular da cidade, a Duque de Caxias, no atual Centro Histórico. Houve uma tentativa com ônibus elétricos, os "trolley bus", mas que não teve sucesso. 
Gradativamente começaram a surgir empresas de ônibus na Capital, concorrendo com os bondes, que atendiam aos bairros da cidade e usavam, em consequência, os nomes de Partenon, Glória, Teresópolis, Menino Deus, República, Petrópolis, Floresta, São João e Navegantes, além da citada linha Duque e Gasômetro.
Mas os tempos e as obras implantadas na cidade fizeram com que o então prefeito Telmo Thompson Flores, engenheiro, decidisse pela troca dos bondes por ônibus, comprando 50 unidades da Mercedes Benz do Brasil. Isso em março de 1970. Acabava, mesmo que com 130 bondes ainda em circulação, o reinado exitoso dos bondes da Companhia Carris Porto-Alegrense, cuja sede e oficinas ficavam onde hoje está o viaduto Princesa Leopoldina. Sobrou apenas o relógio que ornava o grande edifício, colocado em um pedestal no local marcando, talvez nostalgicamente para tantos porto-alegrenses, o fim de uma era que deixou saudade para muitos. Quem tem menos do que 50 anos provavelmente não guarde na lembrança as viagens nos bondes em diversas ruas e avenidas de Porto Alegre. Pois desde o presidente Juscelino Kubitschek, que trouxe para o Brasil as fábricas de automóveis, implantando uma política agressiva de rodoviarismo, incrementada com a redução de impostos e crédito farto dos últimos anos para a compra de automóveis, que o País viu-se diante do dilema de dar bom transporte coletivo, o qual não tem, nem de perto, os incentivos concedidos à indústria automobilística.
Além dos bondes, o transporte ferroviário foi abandonado em todo o País, encarecendo fretes de cargas. As hidrovias sofreram, mas se mantiveram, em escala bem menor. O Brasil de agora se movimenta por caminhões em rodovias apertadas, esburacadas e que dificultam o escoamento das safras agrícolas no Sul e no Centro-Oeste. Dar incentivos para ônibus não está nos planos do governo federal. A prefeitura de São Paulo subsidia o transporte coletivo da cidade com R$ 2 bilhões ao ano. Porto Alegre dá abatimentos ou gratuidade para idosos e estudantes, entre outras categorias, com 30% dos usuários não pagando. O reajuste da passagem para R$ 3,75 resultou do aumento dos salários de motoristas e cobradores, os quais, segundo a prefeitura, têm o maior piso nacional, além dos preços elevados dos combustíveis. Portanto, nada a ver com a inflação do período.
A compensação para os usuários viria com outros roteiros, além dos 296 novos ônibus que entrarão em circulação, a maioria fornecida pela Marcopolo, dos quais 210 terão ar-condicionado, uma necessidade, quando o calor sufocante tomou conta de Porto Alegre. Enfim, espera-se que o sistema passe a funcionar melhor, com mais veículos, novos horários e linhas com atendimento qualificado, principalmente nas horas de pico.

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