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Opinião

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 16:42

Os mosquitos sem asas

Jamais neste século se testemunharam tantas e tão profundas transformações e transversões, tantas e tão consideráveis mutações. E de tal maneira, que o ser humano tende a ignorar condições acessíveis ao limitado império da existência e da vida que lhe oferecem reais ensejos de uma adequação natural para a sobrevivência. É um universo turbulento, no qual a moral, a ética e a grandeza humana a cada dia mais e mais se liquefazem, como estátuas de gelo, diferentemente daquelas cinzeladas em mármore, esculpidas que foram como na paixão mítica de Pigmalião.
Jamais neste século se testemunharam tantas e tão profundas transformações e transversões, tantas e tão consideráveis mutações. E de tal maneira, que o ser humano tende a ignorar condições acessíveis ao limitado império da existência e da vida que lhe oferecem reais ensejos de uma adequação natural para a sobrevivência. É um universo turbulento, no qual a moral, a ética e a grandeza humana a cada dia mais e mais se liquefazem, como estátuas de gelo, diferentemente daquelas cinzeladas em mármore, esculpidas que foram como na paixão mítica de Pigmalião.
Esse universo de moral ausente, destituído de caráter e dos mais elementares princípios morais e éticos, envolto em pequenezas espirituais de toda sorte, excludente da felicidade e da glória, ausente da crença em si mesmo, pede atenção, em nome dos seres que o constituem. Seres que não usufruem das conquistas que poucos desfrutam, sem condições de mudar a trajetória fundamental da vida, só lhes restando o culto do desespero, que leva o homem a ingressar na legião do crime como tábua de salvação, fazendo-o surfar sobre as ondas de um "tsunami" nacional.
Diante dos fatos, cabe lembrar que a profilaxia desta ação psicopatológica, qual seja, a improbidade dos líderes políticos, poderia ocorrer se inspirada em Oswaldo Cruz. O insubstituível brasileiro que, para combater a peste bubônica, decretou morte à ratazana em Santos. Para debelar a febre amarela no Rio de Janeiro, promoveu a extinção dos mosquitos. A ausência de um Oswaldo Cruz, nesta babel política brasileira, infectada pela inoculação dos "mosquitos sem asas", está beirando ao caos. Uma expressiva maioria de representantes, por nós eleitos, configuram a imagem do "Aedes aegypti", com eles identificados, e como eles, inoculam o germe da corrupção e da imoralidade o espírito coletivo. Os líderes máximos, em suas ações criminosas, e, tal como os insetos transmissores, continuam em sua faina tanática, inoculando o vírus da impudência na consciência nacional. As atuais lideranças, infectadas e infectantes, levam no bojo das ações espúrias o vírus da amoralidade e da insensatez.
Jornalista e psiquiatra
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