Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2016 às 15:08

Desindustrialização: silenciosa e avassaladora

Silenciosa e avassaladora, a crise da desindustrialização tem desmobilizado a economia nacional e deixado nossa competitividade ainda mais combalida. O anúncio recente da queda no desempenho da produção industrial em 8,3% no ano passado traz à tona um debate que merece maior espaço. A redução divulgada pelo IBGE é um marco histórico negativo, um índice pior inclusive que os 7,1% recuados em plena crise mundial de 2009. Dos 805 produtos pesquisados, 78,3% registraram queda. Para exemplificar o tamanho do rombo, apenas em 2015, segundo o IBGE, a produção de veículos caiu 25,9%; de máquinas e equipamentos, 14,6%; de eletrônicos, 30%; a metalurgia, 8,9%; os derivados do petróleo e bicombustíveis, 5,9%. Não bastasse os números preocupantes, temos o agravante da compra de produtos mais competitivos, como os chineses, que, em algumas áreas, entram no Brasil até 40% mais baratos que os nacionais. Ainda presenciamos a retração do nosso parque tecnológico proporcionalmente à utilização da mão de obra especializada. As máquinas obsoletas poderemos trocar por novas, mais modernas, mas, como consequência, não teremos trabalhadores com a capacitação para operá-las. Inoperante, o governo parece ignorar os dados da economia e não enxergar a receita de fracasso que países viveram num passado recente, como no caso da Argentina. E alternativas de sucesso, como a Alemanha, que, mesmo após duas guerras, conseguiu reerguer seu parque industrial e liderar a economia europeia e global. Algumas medidas, como a redução de tributos, investimentos em infraestrutura e em alternativas às commodities - monopólio de quase 50% das exportações no País e 66% no RS - não são apresentadas ou sequer sinalizadas. Ou o governo encara esse problema de frente, com a seriedade necessária que a situação impõe, ou, em breve, seremos um país sem indústrias relevantes e nenhuma competitividade, apenas com mais desemprego batendo à porta.
Silenciosa e avassaladora, a crise da desindustrialização tem desmobilizado a economia nacional e deixado nossa competitividade ainda mais combalida. O anúncio recente da queda no desempenho da produção industrial em 8,3% no ano passado traz à tona um debate que merece maior espaço. A redução divulgada pelo IBGE é um marco histórico negativo, um índice pior inclusive que os 7,1% recuados em plena crise mundial de 2009. Dos 805 produtos pesquisados, 78,3% registraram queda. Para exemplificar o tamanho do rombo, apenas em 2015, segundo o IBGE, a produção de veículos caiu 25,9%; de máquinas e equipamentos, 14,6%; de eletrônicos, 30%; a metalurgia, 8,9%; os derivados do petróleo e bicombustíveis, 5,9%. Não bastasse os números preocupantes, temos o agravante da compra de produtos mais competitivos, como os chineses, que, em algumas áreas, entram no Brasil até 40% mais baratos que os nacionais. Ainda presenciamos a retração do nosso parque tecnológico proporcionalmente à utilização da mão de obra especializada. As máquinas obsoletas poderemos trocar por novas, mais modernas, mas, como consequência, não teremos trabalhadores com a capacitação para operá-las. Inoperante, o governo parece ignorar os dados da economia e não enxergar a receita de fracasso que países viveram num passado recente, como no caso da Argentina. E alternativas de sucesso, como a Alemanha, que, mesmo após duas guerras, conseguiu reerguer seu parque industrial e liderar a economia europeia e global. Algumas medidas, como a redução de tributos, investimentos em infraestrutura e em alternativas às commodities - monopólio de quase 50% das exportações no País e 66% no RS - não são apresentadas ou sequer sinalizadas. Ou o governo encara esse problema de frente, com a seriedade necessária que a situação impõe, ou, em breve, seremos um país sem indústrias relevantes e nenhuma competitividade, apenas com mais desemprego batendo à porta.
Deputado federal (PMDB)
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO