O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump se mostrou a favor não só de restabelecer a tortura por afogamento simulado a suspeitos de terrorismo, mas de aplicar táticas "muito piores".
"Restabeleceria o waterboarding (afogamento simulado) e um inferno muito pior que isso", disse o magnata em debate televisionado no sábado pela emissora ABC em Manchester, New Hampshire. Essa polêmica técnica - utilizada no governo de George W. Bush para extrair informações de suspeitos detidos após os atentados do dia 11 de setembro de 2001 - foi proibida pelo atual presidente, Barack Obama, pouco depois de chegar ao poder, em 2009.
Por sua vez, o senador Ted Cruz disse que, sob a definição "geralmente reconhecida" de tortura, não se pode considerar o afogamento simulado como tal. No entanto, Cruz quis se distanciar do polêmico Trump e sustentou que não seria a favor de um uso "generalizado" da prática.
No extremo contrário, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush, afirmou que manter o veto a esse tipo de tortura é "apropriado". Enquanto isso, o senador Marco Rubio atacou Obama por causa da tentativa de fechar a prisão de Guantánamo, localizada em Cuba e criada também durante o governo Bush.