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Internacional

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2016 às 14:56

Oposição quer antecipar eleição presidencial na Venezuela

 Venezuelan President Nicolas Maduro gestures during celebrations for the 17 years of the Bolivarian Revolution in front of the Miraflores presidential palace, in Caracas on February 2, 2016. AFP PHOTO/FEDERICO PARRA

Venezuelan President Nicolas Maduro gestures during celebrations for the 17 years of the Bolivarian Revolution in front of the Miraflores presidential palace, in Caracas on February 2, 2016. AFP PHOTO/FEDERICO PARRA


FEDERICO PARRA/AFP/JC
Um partido da coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática), que hoje controla a Assembleia Nacional da Venezuela, apresentou, na noite de terça-feira, um pré-projeto de emenda constitucional para abreviar o mandato do presidente Nicolás Maduro e convocar eleições no final do ano.
Um partido da coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática), que hoje controla a Assembleia Nacional da Venezuela, apresentou, na noite de terça-feira, um pré-projeto de emenda constitucional para abreviar o mandato do presidente Nicolás Maduro e convocar eleições no final do ano.
Após a morte de Hugo Chávez, em 2013, Maduro foi eleito por um período de seis anos. No entanto, a oposição deixou claro que pretende usar todos os mecanismos institucionais ao alcance de sua maioria parlamentar para tirá-lo do poder o mais rápido possível a fim de reerguer uma Venezuela mergulhada em um desastre econômico e social.
O pré-projeto de emenda foi entregue à Secretaria do Parlamento (unicameral) por Andrés Velásquez, secretário-geral do partido Causa R, que tem três deputados na maioria opositora. "A Venezuela vive uma crise extrema e irreversível, e quem nos levou a este abismo não só não dá nenhum sinal de retificação como persiste no erro. Por isso propomos à consideração do plenário uma espécie de vacina, que seria a aprovação de uma emenda constitucional", disse Velásquez.
A emenda pretende encurtar o mandato presidencial para um período de quatro anos com apenas uma reeleição possível, ao contrário do modelo atual, que não impõe limite a candidaturas do presidente em exercício. Segundo Velásquez, a emenda também busca limitar a permanência de prefeitos e governadores (eleitos para períodos de quatro anos) a duas reeleições consecutivas. Hoje não há limites.
Já os magistrados teriam sua permanência encurtada dos atuais 12 para seis anos. Com isso, a Assembleia Nacional poderia substituir juízes que tiverem cumprido o prazo. Para ser implementada, a emenda precisa ser transformada em projeto de lei, aprovada pela maioria dos deputados e submetida a consulta popular. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), porém, poderá tentar bloquear a medida ao alegar que é inconstitucional.
Além da emenda, a oposição dispõe de outros mecanismos para tentar derrubar Maduro. Um deles é convocar uma Constituinte para refundar o Estado, mas a oposição só poderá fazê-lo caso recupere a supermaioria de dois terços do Parlamento, que foi colocada em xeque com a impugnação de três deputados eleitos pela MUD sob acusação de compra de votos. Outra opção seria promover um referendo revogatório quando acabar a primeira metade do mandato presidencial, em abril.
Para organizá-lo, é preciso que 20% dos eleitores registrados (equivalente a 4 milhões de venezuelanos) assinem em favor da proposta. Maduro será automaticamente destituído se o referendo for aprovado por número igual ou maior à votação obtida quando foi eleito, em 2013. Se a destituição ocorrer até o início de 2017, novas eleições acontecem. Se for depois disso, quem assume até o fim do mandato é o vice-presidente. Maduro promete resistir de todas as maneiras a tentativas de destituí-lo e acusa a oposição de querer aplicar um golpe de Estado disfarçado.
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