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Geral

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 17:42

Fortunati chama de populista decisão da Justiça de suspender aumento de passagem

Prefeito diz que as empresas cobraram ressarcimento em 2013

Prefeito diz que as empresas cobraram ressarcimento em 2013


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, qualificou de “populista” a decisão do Judiciário de suspender o aumento da passagem de ônibus urbano da Capital. Fortunati se disse ainda "surpreso com a forma rápida” como a Justiça concedeu a liminar que fez o valor retornar a R$ 3,25.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, qualificou de “populista” a decisão do Judiciário de suspender o aumento da passagem de ônibus urbano da Capital. Fortunati se disse ainda "surpreso com a forma rápida” como a Justiça concedeu a liminar que fez o valor retornar a R$ 3,25.
Na segunda-feira passada (22), a tarifa havia subido a R$ 3,75, alta de 15,38%. O novo valor vigorou até as 6h desta quinta-feira (25), quando, pelo despacho da juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública Karla Aveline de Oliveira, deveria voltar ao antigo preço. As lotações voltaram a R$ 4,85 (haviam subido a R$ 5,60).
A decisão saiu no fim da tarde dessa quarta-feira (24). Karla atendeu pedido de liminar da ação impetrada por integrantes do P-Sol, alegando que a posição busca prevenir prejuízos aos usuários do transporte. A prefeitura entrou com recurso na madrugada, mas não obteve êxito.
Os integrantes do P-Sol se basearam principalmente no fato de o Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu) não ter sido consultado sobre o reajuste.
A reação do chefe do Executivo municipal se estendeu ao eventual custo de manter a passagem no status anterior. 
Segundo o prefeito, o município poderá ter de arcar com o prejuízo da diferença entre o antigo e o novo valor, caso seja derrubada a liminar. A conta pode ser buscada pelas empresas de ônibus na Justiça, antevê o prefeito.
“O que preocupa é que aconteça como em 2013. O juiz de primeira instância mandou retornar a passagem (ao valor antigo), as empresas entraram contra a prefeitura, que terá de reembolsar mais de R$ 20 milhões para pagar a decisão equivocada”, revelou Fortunati. 
“Pergunto: quem irá pagar a diferença da passagem neste período? Espero que o Judiciário não impute mais uma vez a prefeitura o pagamento.”
A ação não teve desfecho ainda, e o valor é uma estimativa do município. Na época, protestos que que consagraram os manifestantes do Bloco de Lutas e levaram milhares de pessoas às ruas, gerou a pressão e a redução da tarifa. O P-Sol também impediu que o valor saísse de R$ 2,85 a R$ 3,05. A meta era chegara  R$ 2,60.    
Mesmo tentando afastar este risco, ele acredita que “a pendência vai acabar cair no colo da prefeitura”. “As normas são claras e transparentes. O não cumprimento do contrato pode fazer com que as empresas apelem à Justiça.”
O prefeito assegurou ainda que a licitação foi correta, que teve avaliação do Tribunal de Contas do estado (TCE) e Ministério Público Estadual (MP-RS). “Assinamos o contrato e aplicamos a tarifa prevista.”
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