Desde o início da operação do novo sistema de transporte público da Capital, há quatro dias, diversas polêmicas surgiram envolvendo os coletivos. A primeira delas foi sobre a não existência de ar-condicionado em todos os 296 ônibus novos que ingressaram na frota, como havia sido divulgado pelo prefeito José Fortunati. Foi confirmado que somente 210 são climatizados.
Outra dúvida surgiu no segundo dia de operação dos consórcios formado pelas mesmas empresas que já atuavam na cidade , mas referente à empresa pública Carris. De acordo com Alceu Weber, delegado sindical da Carris, a maioria dos ônibus da empresa não são novos, mas foram pintados novamente para indicar que acabaram de ingressar na frota. "Apenas 12 são novos. O restante tem mais de 50 mil quilômetros rodados, o que representa cerca de 120 dias em circulação. A população está sentindo um cheiro forte ao utilizar os veículos e isso é por causa da tinta", diz.
Segundo Weber, a Carris adquiriu ônibus novos em 2015, que são os que receberam nova pintura, o que não ocorreu com as empresas privadas, que não fizeram investimentos no ano passado. "Outra questão que não está sendo colocada é que, com a reformulação das linhas, a Carris retirou 20 carros de circulação. Isso vai gerar demissões ou a não contratação de pessoal tão cedo", disse.
A assessoria de imprensa da Carris informou que o anúncio dos 296 ônibus novos é referente às empresas privadas e que ela adquiriu 50 ônibus novos no ano passado, que foram pintados para se adequar ao modelo formulado pela prefeitura. Nesta semana, deve ser lançado ainda um novo edital para a compra de 17 novos ônibus articulados com ar-condicionado.
Sobre os 20 ônibus que deixaram de circular, a assessoria confirma, mas diz que foram 19. Ao deixar de operar em cinco linhas radiais e iniciar a operação em duas novas transversais, a empresa está operando com 358 coletivos ao invés de 377.