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- Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 às 21:51

Restaurante Popular da Capital abre em local definitivo amanhã

 Definido o local definitivo onde será aberto na quinta-feira o Restaurante Popular de Porto Alegre. Rua Santo Antônio, nº 58, 60 e 64.     Na foto: Fachada do estabelecimento

Definido o local definitivo onde será aberto na quinta-feira o Restaurante Popular de Porto Alegre. Rua Santo Antônio, nº 58, 60 e 64. Na foto: Fachada do estabelecimento


JOÃO MATTOS/JC
Isabella Sander
Após um imbróglio que se arrastou durante dois anos e meio, a partir de amanhã, ao meio-dia, o Restaurante Popular de Porto Alegre passará a ter um local de funcionamento definitivo. O serviço de alimentação com custo de R$ 1,00, voltado para população em situação de vulnerabilidade social, atende, há seis meses, na rua Comendador Azevedo, 215, bairro Floresta, depois de ficar mais de dois anos inativo. A nova e permanente sede será na rua Santo Antônio, nºs 58, 60 e 64.
Após um imbróglio que se arrastou durante dois anos e meio, a partir de amanhã, ao meio-dia, o Restaurante Popular de Porto Alegre passará a ter um local de funcionamento definitivo. O serviço de alimentação com custo de R$ 1,00, voltado para população em situação de vulnerabilidade social, atende, há seis meses, na rua Comendador Azevedo, 215, bairro Floresta, depois de ficar mais de dois anos inativo. A nova e permanente sede será na rua Santo Antônio, nºs 58, 60 e 64.
O espaço será gerenciado pela Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cosans), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), que, visando ofertar um atendimento melhor às pessoas em situação de rua, passará a sede do Centro de Referência de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável para o local. Hoje, o serviço é prestado na Rua dos Andradas. A equipe, composta por duas coordenadoras e cinco nutricionistas, proporcionará avaliação nutricional e oficinas de capacitação profissional aos clientes do restaurante. Antes do fechamento, o Restaurante Popular era administrado por uma empresa terceirizada, contratada pelo governo do Estado.
Serão servidos 600 almoços diariamente, produzidos pela empresa Mix Alimentos, contratada através de licitação. Atualmente, a demanda é de 350 a 400 pratos por dia, segundo o secretário municipal de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio. "Acredito que esse número deva aumentar, conforme divulguemos o endereço da nova sede", estima.
A comida será oferecida no formato "hot box", as tradicionais quentinhas, distribuídas no buffet do Restaurante Popular. Nesse sistema, o alimento é cozinhado fora do Restaurante Popular e levado posteriormente pela empresa responsável. "Não há botijão de gás no local, o que atende aos requisitos da Vigilância Sanitária. Esse sistema é necessário, para não haver risco de termos problemas como os que o Estado enfrentou no passado, quando a Vigilância mandou fechar o estabelecimento em duas ocasiões, pois julgava que a presença de botijões era perigosa e a estrutura não era adequada. Agora, sem botijões e com estrutura renovada, queremos garantir que começaremos e não pararemos mais", explica Marcantônio. O cardápio incluirá arroz, feijão, uma guarnição, uma carne, uma sobremesa e um suco por pessoa.
De acordo com o secretário, o Estado fracassou em duas oportunidades na gestão do Restaurante Popular, provocando seu fechamento por mais de dois anos. "O fracasso se deveu à má gestão da entidade terceirizada responsável. Por esse motivo, o Estado nos solicitou que assumíssemos o serviço e, quando o fizemos, decidimos por não terceirizar mais o atendimento", relata.
Marcantônio assegura que o objetivo não será apenas servir comida. "Faremos um trabalho de recuperação das pessoas, tanto na parte nutricional quanto na área de vulnerabilidade social", destaca. A Associação Cultural e Beneficente Ilê Mulher fará um trabalho no local, atendendo à população em situação de rua, buscando a transformação social de adultos.
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