Rio Grande do Sul tem primeiro caso de zika vírus

O Rio Grande do Sul registrou o primeiro caso de zika vírus, e a infecção é de uma residente de Porto Alegre, não gestante. Ela é moradora do bairro Jardim Carvalho, zona leste da Capital, e contraiu a doença durante viagem ao Mato Grosso.

Outras 40 pessoas estão sendo investigadas, em sete municípios diferentes do Estado, sendo uma delas gestante. Detalhes sobre o caso e a situação da epidemia em território gaúcho foram revelados nesta sexta-feira (5), em entrevista coletiva conjunta entre as Secretarias da Saúde do RS e a de Porto Alegre, na Sala de Monitoramento da campanha RS contra Aedes, no Centro Administrativo do Estado.

"Tentamos impedir e reduzir a velocidade de chegada do zika", citou o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo. "Mas chegou."

Em Porto Alegre, foram registradas 10 notificações de suspeita da doença. Em 2015, o Rio Grande do sul teve 28 casos suspeitos da febre, sem nenhuma confirmação. Além do zika, também foi confirmado o primeiro caso de dengue autóctone em 2016 na Capital, contraído no bairro Vila Nova. Dois outros moradores da mesma residência apresentaram os sintomas e estão sendo investigados.

Ao todo, são 572 casos suspeitos de dengue no Rio Grande do Sul, sendo 157 na Região Metropolitana e 58 na Capital. De acordo com Gabbardo, 180 municípios estão infestados pelo mosquito, sendo que 15 deles apresentaram casos importados e quatro tiveram casos autóctones (São Paulo das Missões, Guaíba, Viamão e Porto Alegre).

"No momento em que o zika começa a circular no Estado - e temos o mosquito em 180 cidades -, há a possibilidade de se transmitir rapidamente a outros pacientes", preveniu o secretário. "Todos os gaúchos devem se empenhar e seguir suas tarefas, que incluem cuidar das residências e dos pontos de criação de mosquito".

Em 2015, o Estado teve um total de 4.067 caos suspeitos notificados de dengue, dos quais 1.279 foram confirmados. Dentre os confirmados, 233 foram importados e 1.046 autóctones. No ano passado, duas pessoas morreram em decorrência da doença, uma no município de Santo Ângelo, no mês de março, e outra em Panambi, no mês de abril. Neste ano ainda não foi registrado óbito por dengue.