Procura-se jovem que saiba calcular. E o que ele procura?

A taxa de desemprego para este grupo � tr�s vezes maior do que a de funcion�rios mais velhos

Atualizado em 25/02/2016 10:41

No Fórum Econômico Mundial, alardeou-se que 74,5 milhões de profissionais no mundo com até 30 anos estavam em busca de um emprego e que essa faixa etária era responsável por metade do total de desempregados em alguns países. A taxa de desemprego para este grupo é três vezes maior do que a de funcionários mais velhos.
Por outro lado, há uma demanda global por 40 milhões de profissionais com alta especialização, com conhecimentos em ciência, tecnologia e matemática. Suprir essa demanda é chave para contrapor uma expectativa preocupante: a de que no ano de 2020 o déficit de profissionais especializados será tão elevado que colocará em risco a manutenção do crescimento econômico e prosperidade dos negócios.
A especialização em áreas técnicas e aprofundamento em ciência, tecnologia e matemática são fundamentais para os profissionais na faixa dos 30 anos garantirem um lugar ao sol - ou na nuvem, dependendo do foco do empregador. O conhecimento eleva as chances desses profissionais seguirem gerando valor mesmo em cenários desafiadores economicamente. No Brasil, por exemplo, estima-se que o desemprego chegue a 10% da população economicamente ativa no primeiro trimestre de 2016.
Contudo, a agenda desses jovens nem sempre converge com o universo das empresas. Um levantamento da Universidade de Bentley, em Massachussets (EUA), aponta que apenas 13% dos jovens entrevistados almejam "crescer no mundo corporativo" ao passo que 66% desejam começar seu próprio negócio.
Por que será que essa preferência é tão grande? Possivelmente, mais do que qualquer geração antes, os Millennials valorizam a liberdade criativa e a independência, assim como a possibilidade de aprender constantemente ao invés da rotina em um escritório. Pode-se interpretar isso como o sonho de querer algo mais do que simplesmente conseguir um emprego estável por décadas.
Para esses profissionais que escolhem criar as próprias empresas ao invés de galgarem novos postos na vida corporativa, vê-se uma facilidade de uso da tecnologia e grande capacidade de articulação para se associar a quem pensa semelhante e tem um talento complementar, para se chegar a um objetivo. A tecnologia na nuvem, que pode facilmente atender qualquer demanda - alta ou baixa - também é aliada para que deem seus passos e cheguem ao sucesso.
Que lição fica para o meio corporativo atrair e reter estes jovens talentos? Simples: o empreendedorismo, criatividade e a colaboração entre funcionários e equipes devem ser reconhecidas e estimuladas. Ao entregar-se um ambiente que forneça estes três aspectos, os estímulos do profissional serão tão fortes quanto em qualquer startup, trazendo mais energia, pontos de vista e negócios.
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Paula Jacomo

Vice-Presidente de Recursos Humanos para Am�rica Latina e Caribe da SAP
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