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Consumo

- Publicada em 29 de Fevereiro de 2016 às 17:18

Supermercados registram queda de quase 20% nas vendas em janeiro

 CADERNO DIA DO COMÉRCIO, SUPERMERCADO ASUN DA RUA DA REPÚBLICA    NA FOTO: MOVIMENTO NA LOJA DO SUPERMERCADO ASUN

CADERNO DIA DO COMÉRCIO, SUPERMERCADO ASUN DA RUA DA REPÚBLICA NA FOTO: MOVIMENTO NA LOJA DO SUPERMERCADO ASUN


ANTONIO PAZ/JC
Impactadas pelo aumento de preços, as vendas nos supermercados caíram 19,64% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. No acumulado do ano, o recuo é de 3,38%, mesmo percentual observado na comparação de janeiro de 2016 com janeiro de 2015. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Impactadas pelo aumento de preços, as vendas nos supermercados caíram 19,64% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. No acumulado do ano, o recuo é de 3,38%, mesmo percentual observado na comparação de janeiro de 2016 com janeiro de 2015. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
"O setor supermercadista iniciou o ano sentindo o péssimo ambiente econômico que afeta o País. Desemprego e inflação em alta, reduzindo a renda disponível do consumidor, combinado a um quadro de incertezas econômicas que impactou as vendas do autosserviço", explicou Sussumu Honda, presidente da Abras.
Para justificar os números negativos, a associação chama atenção para a variação do IPCA (inflação oficial) em janeiro, que foi de 1,27%, registrando a variação mais alta para o mês desde 2003 (2,25%). A projeção da Abras para fevereiro não é otimista. Segundo a entidade, a elevação de preços tende a continuar, sobretudo nos alimentos in natura. "Devido a muitos fatores, como o clima desfavorável, chuvas em excesso ou falta de chuva e safras menores", detalhou a Abras em comunicado.
Dados da Abras mostram elevação de preços acima da inflação em janeiro. Uma cesta de produtos de largo consumo, com 35 itens, incluindo cerveja e refrigerantes, higiene pessoal e limpeza doméstica, além de alimentação, apresentou aumento de 2,99% nos preços em janeiro na comparação com dezembro - de R$ 439,08 para
R$ 452,22. Já em relação a janeiro de 2015, o aumento foi de 17,44%, saindo de R$ 385,06 para os atuais R$ 452,22.

Comércio tem novo recorde de baixa em 12 meses

O movimento do comércio varejista caiu 3,4% em janeiro, no acumulado em 12 meses, e atingiu novo recorde de baixa, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. A série histórica começa em 2010. Na comparação de janeiro com dezembro, na série com ajuste sazonal, houve baixa de 1,4%.
Ante janeiro de 2014, a baixa foi de 6,1%. "Desta forma, janeiro continua a consolidar a tendência de queda mostrada pelo varejo, que, desde julho de 2015, já se encontrava em território negativo. Fatores como elevação de juros, piora do mercado de trabalho, queda no consumo das famílias e inflação em patamar elevado podem ser considerados como os principais condicionantes deste cenário", diz a Boa Vista em comunicado. Segundo a empresa, o cenário para 2016 permanece desafiador, e possivelmente o varejo terá outro ano de perdas. Na análise mensal, o setor de móveis e eletrodomésticos apresentou queda de 4,6% em janeiro, e outros artigos do varejo tiveram retração
de 9,9%.
A categoria de tecidos, vestuários e calçados subiu 2,4% no mês. Já a atividade do setor de supermercados, alimentos e bebidas avançou 1,0%, enquanto o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou pequena elevação de 0,2%. O indicador de movimento do comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista SCPC, por empresas do setor varejista. As séries têm como ano-base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.

Endividamento das famílias gaúchas vai a 63,2% em fevereiro, diz Fecomércio-RS

 CADERNO DIA DO COMÉRCIO 2015 - PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO    NA FOTO: LUIZ CARLOS BOHN, PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO

CADERNO DIA DO COMÉRCIO 2015 - PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO NA FOTO: LUIZ CARLOS BOHN, PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO


ANTONIO PAZ/JC
As restrições impostas pelo cenário econômico foram responsáveis pelo aumento do nível de endividamento das famílias gaúchas em fevereiro. É o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-RS.
O indicador encerra o mês em 63,2%, contra 50,9% registrados no mesmo período do ano passado. "A expansão do percentual de gaúchos endividados verificada nos últimos meses foi a esperada diante do atual quadro da economia brasileira, permanecendo, no entanto, em patamar inferior ao de 2010 e 2011, quando o índice superou 70%", avalia o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Queda do emprego, redução da renda e inflação elevada são os elementos que estão determinando o crescimento do índice de endividamento das famílias.
"A desaceleração recente do consumo e do crédito, associada à inflação elevada, ao aumento de juros, à diminuição da confiança das famílias e ao aumento da precaução do lado da oferta, tem impactado a busca por crédito", pondera Bohn. A Peic-RS de fevereiro mostra que a parcela da renda comprometida com dívidas cresceu na média de 12 meses, passando de 31,5% (janeiro/2016) para 31,8% (fevereiro/2016). O tempo de comprometimento, ainda na média em 12 meses, permaneceu em 7,7 meses. O cartão de crédito segue como o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 80,7% dos endividados, seguido por carnês (26,8%), crédito pessoal (13,4%) e cheque especial (11,8%).
O percentual de famílias com contas em atraso cresceu significativamente em fevereiro/2016 na comparação com o mesmo mês de 2015: saiu de 17,6% para 28,7%. "A deterioração acelerada no mercado de trabalho, com efeito sobre os níveis de emprego e renda, além da inflação alta, geram um forte viés de aumento da inadimplência. Isso requer mais cuidado por parte das empresas na concessão do crédito", considera Bohn.