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Economia

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 21:18

Desemprego chega a 7,6% em janeiro

Estadão Conteúdo
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu de 6,9% em dezembro para 7,6% em janeiro, pior resultado para o mês desde 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento é esperado na virada do ano, quando há tradicionalmente a dispensa de trabalhadores temporários contratados para o Natal, mas o resultado supera em 2,3 pontos porcentuais o de janeiro do ano passado, quando a taxa de desocupação era de 5,3%.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu de 6,9% em dezembro para 7,6% em janeiro, pior resultado para o mês desde 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento é esperado na virada do ano, quando há tradicionalmente a dispensa de trabalhadores temporários contratados para o Natal, mas o resultado supera em 2,3 pontos porcentuais o de janeiro do ano passado, quando a taxa de desocupação era de 5,3%.
No período, 643 mil pessoas perderam o emprego. A fila por uma vaga ganhou mais 562 mil candidatos. Agora o País já tem 1,879 milhão de pessoas à procura de um posto de trabalho. "Como o crescimento econômico está longe de voltar a ocorrer, o emprego vai continuar crescendo e provavelmente caminhamos para a alta da taxa de desemprego até 2017", disse o diretor de pesquisa econômica da GO Associados, Fabio Silveira.
O resultado de janeiro só não foi pior porque aumentou o número de indivíduos que foram para a inatividade, deixando de pressionar a busca por emprego. Mas a taxa de desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos já bateu 18,9%, ante 12,9% no mesmo mês de 2015.
"Há uma tendência de crescimento (na taxa de desocupação) para todas as faixas etárias, sendo que para o grupo de 18 a 24 anos a intensidade é muito maior", reconheceu Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A dispensa de trabalhadores foi praticamente generalizada entre as atividades no início do ano. A indústria demitiu 298 mil funcionários em relação a janeiro de 2015. A construção fechou outras 38 mil vagas.
Os dois setores foram os que registraram as maiores quedas no rendimento dos trabalhadores. Descontada a inflação, os empregados da indústria estão recebendo 8,8% menos do que no ano anterior, enquanto os da construção tiveram perda de 10,1% na renda.
"A indústria e a construção foram setores que demitiram bastante em 2015. Pode ser que tenham sido demitidas pessoas com rendimentos maiores e que ficaram as pessoas com rendimentos menores", cogitou Adriana.
Outra explicação para a queda na renda seria a redução do poder de barganha de funcionários em momentos de negociação de reposição salarial. Os reajustes estariam vindo abaixo da inflação acumulada no período. A renda média do trabalhador diminuiu 7,4% em janeiro de 2016 ante janeiro de 2015.
"Tivemos alguns fenômenos em 2015: a redução na ocupação, os rendimentos não aumentaram tanto, e teve a inflação também", disse Adriana.
Os postos de trabalho com carteira assinada, que tradicionalmente pagam salários mais altos, também estão sendo perdidos. O emprego no setor privado encolheu 2,8% em um ano, o equivalente a 336 mil vagas formais a menos em relação a janeiro do ano passado.
As demissões e a perda de poder aquisitivo das famílias levaram profissionais dispensados de outros ramos a se realocarem no comércio. Na comparação com dezembro, esse foi o único setor que registrou maior número de ocupados. "Em meses de janeiro, o comércio sempre dispensa, mesmo que seja um pouquinho. Esse crescimento (no total de ocupados na atividade) nunca aconteceu", destacou Adriana.
Das 100 mil pessoas a mais trabalhando no comércio em janeiro, 79 mil estão na região metropolitana de São Paulo. A pesquisadora do IBGE explica que o comércio por conta própria é o que cresce na região, numa tentativa desses trabalhadores de garantir o sustento da família mesmo após a perda da ocupação anterior.
"A atividade econômica em contração deve reduzir o nível de emprego nos próximos meses. Os salários nominais seguem em desaceleração, contribuindo para contração da massa salarial real. Esse cenário aponta para novas quedas no consumo das famílias", avaliou Rodrigo Miyamoto, analista do Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco.
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