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Economia

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 19:32

Vale tem prejuízo de R$ 44,2 bilhões

 Brasil, Mangaratiba, RJ. 24/03/2014. Terminal da Ilha Guaíba (TIG) da Vale, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. A mineradora fez forte investimento em suas instalações portuárias para fazer frente à expansão prevista na produção de minério de ferro no País. - Crédito:MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:176138

Brasil, Mangaratiba, RJ. 24/03/2014. Terminal da Ilha Guaíba (TIG) da Vale, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. A mineradora fez forte investimento em suas instalações portuárias para fazer frente à expansão prevista na produção de minério de ferro no País. - Crédito:MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:176138


MARCOS ARCOVERDE/AE/JC
A Vale teve prejuízo líquido de R$ 44,2 bilhões em 2015, a primeira perda anual já registrada pela companhia mineradora desde a privatização, em 1997, de acordo com a consultoria Economática. Em 2014, a empresa teve lucro líquido de R$ 954 milhões. Segundo a Economática, é o maior prejuízo já registrado por uma companhia aberta brasileira desde 1986, quando a instituição começou a fazer o acompanhamento do mercado.
A Vale teve prejuízo líquido de R$ 44,2 bilhões em 2015, a primeira perda anual já registrada pela companhia mineradora desde a privatização, em 1997, de acordo com a consultoria Economática. Em 2014, a empresa teve lucro líquido de R$ 954 milhões. Segundo a Economática, é o maior prejuízo já registrado por uma companhia aberta brasileira desde 1986, quando a instituição começou a fazer o acompanhamento do mercado.
No quarto trimestre de 2015, o prejuízo foi de R$ 33,2 bilhões. A mediana apontava para a perda de R$ 855 milhões. Em igual período de 2014, a Vale registrou prejuízo de R$ 4,7 bilhões.
O resultado foi divulgado em meio a um panorama sombrio que conjuga a queda dos preços do minério de ferro, a forte depreciação do real e o rompimento da barragem da Samarco, que vitimou 19 pessoas.
Após o prejuízo bilionário, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse em teleconferência com analistas que analisa colocar à venda ativos ligados à atividade principal da empresa, os chamados ativos "core", para reduzir o endividamento da companhia. "O patamar de preços das commodities" representa um desafio para o plano de desalavancar (reduzir a dívida) a empresa após conclusão do S11D (expansão do complexo de Carajás, no Pará). Estamos explorando opções mais agressivas, incluindo a venda de ativos 'core'", disse.
Até agora, a Vale vinha vendendo apenas ativos que não fazem parte de suas áreas prioritárias de atuação. Em 2015, foram vendidos US$ 3 bilhões, incluindo navios e ativos de energia.
Com a venda de ativos "core", Ferreira pretende reduzir a dívida líquida para US$ 15 bilhões. Ele não estabeleceu um prazo para a meta. Isso significaria um corte de 40% em relação ao endividamento registrado no fim de 2015, de
US$ 25 bilhões. Perguntado se o aumento de capital seria uma opção, Ferreira disse que não.
O desempenho da empresa foi afetado, principalmente, pela queda do preço do minério de ferro e de outras commodities, e depreciação do real. A queda da cotação do minério de ferro afetou não só a receita da companhia, como também a obrigou a fazer baixas contábeis. "A redução de R$ 45,167 bilhões no lucro líquido deveu-se, principalmente, à menor margem Ebitda, aos maiores impairments (baixas contábeis) registrados em 2015 e ao efeito negativo nos resultados financeiros da depreciação ponta a ponta do real contra o dólar de 47% em 2015", disse a mineradora em comunicado.
Aa tonelada de minério de ferro passou de US$ 96,7 em 2014 a US$ 55,5 em 2015 (-43%). Outros minerais exportados pela Vale também caíram: níquel, -30%; cobre, -20%; e carvão metalúrgico, -18%. A queda ocorre por duas razões: o menor apetite chinês pelo minério e a entrada em operação de novos projetos, ampliando a oferta mundial do minério. A tendência é que os preços sigam baixos neste e no próximo ano. A Moody's estima preço médio de US$ 45 em 2016 e 2017. A Vale trabalha com o mesmo patamar.
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