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Trabalho

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 às 18:14

Perda real de salário atinge 1,3% em janeiro

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JOÃO MATTOS/JC
Os reajustes salariais que entraram em vigor em janeiro não acompanharam a inflação acumulada e os trabalhadores tiveram perda real de 1,3% em seus salários no primeiro mês do ano. O levantamento do projeto Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revela que o reajuste mediano permaneceu em 10% pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acelerou para 11,3%. "Nas mesas de negociação existe uma tendência a buscar um número exato e, agora, parece que o 10% é o número mágico", afirmou o professor Hélio Zylberstajn, coordenador da pesquisa.
Os reajustes salariais que entraram em vigor em janeiro não acompanharam a inflação acumulada e os trabalhadores tiveram perda real de 1,3% em seus salários no primeiro mês do ano. O levantamento do projeto Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revela que o reajuste mediano permaneceu em 10% pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acelerou para 11,3%. "Nas mesas de negociação existe uma tendência a buscar um número exato e, agora, parece que o 10% é o número mágico", afirmou o professor Hélio Zylberstajn, coordenador da pesquisa.
Segundo ele, dificilmente os empregadores concederão aumentos acima do nível atual e, mesmo quando a inflação começar a arrefecer nos próximos meses, os reajustes salariais seguirão modestos. "Quando o INPC começar a ceder para baixo de 10%, será uma força puxando os reajustes para os 9%", estimou Zylberstajn. Janeiro foi o terceiro mês consecutivo em que os reajustes salariais ficam abaixo da inflação, o que não ocorria desde a crise financeira global de 2008. Nos 12 meses encerrados em janeiro, os trabalhadores da extração e refino de petróleo foram os que tiveram perda real de salário mais significativa no País, de 3,9%. A diminuição na renda é mais intensa que as registradas por outras categorias em anos anteriores. De acordo com o coordenador do levantamento, o motivo é a Operação Lava Jato e o consequente desmanche da cadeia de óleo e gás. "O setor de petróleo parou no Brasil. Aí você tem a Petrobras e uma quantidade enorme de empresas que prestam serviços para ela. Em boa parte, os acordos ficaram só no zero a zero", afirmou Zylberstajn, em referência aos dissídios que apenas repõem a inflação do período.
Em segundo lugar na lista de salários que encolheram estão os trabalhadores do agronegócio da cana-de-açúcar, com perda real 1,3%, seguidos pela categoria de outros serviços, 0,9%. Entre os estados, aqueles em que os reajustes menos beneficiaram os trabalhadores foram Roraima (-1,3%), Espírito Santo, Amapá, Amazonas e Rio Grande do Norte (todos com -0,3%).
Por outro lado, o reajuste mediano foi positivo em 0,2% nos estados do Paraná, Santa Catarina, Bahia e Rio Grande do Sul. Em São Paulo, o ganho real foi de 0,1%. No âmbito das categorias, a de confecções e vestuário lidera a lista, com ganho mediano real de 1,2%, seguida por vigilância e segurança privada (1,0%), bancos e serviços financeiros (0,8%), indústria cinematográfica e fotografia (0,7%) e distribuição cinematográfica (0,5%).
O valor total de salários pagos aos trabalhadores com carteira assinada em novembro de 2015 ficou R$ 5,9 bilhões abaixo do registrado no mesmo mês do ano anterior. Em novembro do ano passado, os empregados contratados sob regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) receberam juntos R$ 94,4 bilhões ante R$ 100,3 bilhões pagos no décimo primeiro mês de 2014. O valor dessazonalizado é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base no volume de depósitos vinculados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Novembro é o terceiro mês em que a folha salarial calculada pela Fipe apresenta estabilidade. O valor total foi de R$ 94,4 bilhões em setembro e de R$ 94,5 bilhões em outubro do ano passado. Para o coordenador da pesquisa, professor Hélio Zylberstajn, a sinalização mais importante é que, mesmo após um longo período de queda, a massa salarial dos celetistas não está crescendo. Segundo ele, tanto o aumento do desemprego quanto a inflação elevada contribuem para diminuir a folha de pagamentos dos trabalhadores com carteira assinada no País.

Brava é condenada ao pagamento de benefícios atrasados há dois anos

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) obteve a condenação da Brava Linhas Aéreas (sucessora da NHT) em ação civil coletiva ajuizada para garantir o pagamento de salários, 13º salário e recolhimento de FGTS devidos a empregados da empresa. Os valores, relativos ao período de dezembro de 2013 a março de 2014, totalizam aproximadamente R$ 1,5 milhão. Respondem solidariamente ao pagamento dos valores os sócios-proprietários da Brava, Jorge Barouki e Lane Starke Hoeschl, e outras empresas que compõem o grupo econômico: All Clean Limpeza, Vips Vale do Itajaí Serviços Auxiliares, Porto Motos e VIT Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos.Em ação cautelar paralela, o MPT-RS obteve a declaração de indisponibilidade dos bens da empresa e de seus sócios. A sentença foi proferida pela juíza do Trabalho Maria Silvana Rotta Tedesco, da 9ª Vara do Trabalho de Porto Alegre.

Brasileiro demora oito meses para se recolocar no mercado de trabalho

O brasileiro que fica desempregado está demorando cerca de oito meses para se recolocar no mercado de trabalho, o que levanta outra preocupação além do avanço da taxa de desemprego em si. A estimativa é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Os oito meses estimados pelo SPC Brasil são um período significativamente maior que os 6,8 meses que eram necessários no final de 2014, um aumento de 36 dias", analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota. "O tempo maior para a recolocação é reflexo da conjuntura econômica atual, em que se observa o fechamento de postos de trabalho ao invés da criação de outros novos", ressalta.