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Economia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2016 às 21:39

Viagens corporativas recuaram 3,6% em 2015

 TURISMO INTERNACIONAL NO BRASIL     AEROPORTO SALGADO FILHO; ÁREA DE DESEMBARQUE DOMÉSTICO E INTERNACIONAL; CARRINHOS DE BAGAGENS, MOVIMENTO NO AEROPORTO, PAINEIS DE CHEGADAS E PARTIDAS, PISTA, TUNEL DA ACESSO DE PASSAGEIROS, FINGER

TURISMO INTERNACIONAL NO BRASIL AEROPORTO SALGADO FILHO; ÁREA DE DESEMBARQUE DOMÉSTICO E INTERNACIONAL; CARRINHOS DE BAGAGENS, MOVIMENTO NO AEROPORTO, PAINEIS DE CHEGADAS E PARTIDAS, PISTA, TUNEL DA ACESSO DE PASSAGEIROS, FINGER


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Se faltava apenas uma confirmação oficial para a percepção do setor de que 2015 deixou um rastro negativo para o turismo de negócios, não falta mais: pela primeira vez, em pelo menos 10 anos, o setor viu as suas receitas diminuírem. A queda, de 3,6% em relação a 2014, foi apontada pelos Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC), divulgados pela Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). No total, foram gerados R$ 38,73 bilhões pelo ramo no País no ano passado, contra R$ 40,17 bilhões no período anterior.
Se faltava apenas uma confirmação oficial para a percepção do setor de que 2015 deixou um rastro negativo para o turismo de negócios, não falta mais: pela primeira vez, em pelo menos 10 anos, o setor viu as suas receitas diminuírem. A queda, de 3,6% em relação a 2014, foi apontada pelos Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC), divulgados pela Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). No total, foram gerados R$ 38,73 bilhões pelo ramo no País no ano passado, contra R$ 40,17 bilhões no período anterior.
"É um dado que reflete o que foi 2015, o que vimos na prática durante o ano", comenta o presidente da entidade, Eduardo Murad. Apesar da queda, o mandatário ainda relativiza o dado por não ter representado um tombo tão grande como se imaginava. "Acompanhou mais ou menos a queda da economia e do turismo como um todo, mantendo a parcela histórica do turismo de negócios em 55% do total do segmento", continua Murad.
A principal justificativa para a redução do montante gerado é a crise econômica que o País enfrenta. Embora o dirigente garanta que o número de viagens até não seja tão afetado, o mesmo não se pode dizer do orçamento destas viagens. "Continua-se viajando, mas de forma otimizada. Em vez de ir um dia antes e dormir no hotel, por exemplo, viaja-se de manhã e volta no mesmo dia", comenta Murad. A pesquisa também apontou quedas no impacto na economia, de R$ 75,93 bilhões a R$ 70,57 bilhões, e no número de empregos, de 752.921 para 725.589 vagas.
Outro motivo é o cancelamento ou o encurtamento dos eventos devido a dificuldades de patrocínios, tanto públicos como privados, ou mesmo nas vendas de estandes. Eventos que antes tinham duração de cinco dias diminuíram a programação para três, por exemplo, para caber no bolso dos expositores. "Resolve o problema de locação da feira, mas nisso o hotel perdeu duas diárias", comenta o superintendente do Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, José Amilton Lopes. Os eventos movimentam mais de 65 setores da economia do local onde acontecem.
O segmento corporativo é o principal responsável pelo fluxo de turistas na Capital, que também sentiu o baque da retração. "Ainda estamos trilhando um caminho tortuoso desde o pós-Copa, que deve continuar em 2016", afirma Lopes. Em 2015, segundo o Bureau, foram 166 eventos (excluindo-se os de cunho cultural) realizados na cidade, com impacto de R$ 49,26 milhões. Em 2016, até o momento, há cadastrados outros 51 eventos, com geração de R$ 21,35 milhões - os números se consolidam ao longo do ano.
Como trabalha com antecedência média de um ano e meio a dois anos para a captação de eventos, Lopes antevê uma retomada, mas apenas a partir de 2018. "Temos com certeza um ano bom já garantido em 2019, com vários eventos de 5 mil a 7 mil pessoas", projeta o executivo. Já para o País, Murad imagina uma curva ascendente mais veloz. Feito com as mesmas bases do estudo do ano anterior, a projeção para 2016 do IEVC é de crescimento de 0,4%, praticamente estável.
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