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Economia

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2016 às 11:09

Marcelo Castro é exonerado da Saúde para votar em aliado na Câmara

Castro vai retomar mandato na Câmara para ajudar na reeleição do líder do PMDB

Castro vai retomar mandato na Câmara para ajudar na reeleição do líder do PMDB


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Em meio a um surto de microcefalia no país, a presidente Dilma Rousseff exonerou temporariamente o ministro da Saúde, Marcelo Castro, que retomará o mandato na Câmara dos Deputados para ajudar na reeleição do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), aliado do Palácio do Planalto.
Em meio a um surto de microcefalia no país, a presidente Dilma Rousseff exonerou temporariamente o ministro da Saúde, Marcelo Castro, que retomará o mandato na Câmara dos Deputados para ajudar na reeleição do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), aliado do Palácio do Planalto.
A saída do ministro foi publicada na edição desta quarta-feira (17) do Diário Oficial da União. Em seu lugar, durante o afastamento, ficará o secretário-executivo José Agenor Álvares. Na noite da terça-feira (16), o ministro chegou a cogitar deixar o cargo apenas no final da manhã desta quarta-feira (17), para participar de um seminário sobre o vírus da zika. Á noite, no entanto, preferiu ser exonerado durante o dia inteiro. O combinado com a presidente é que ele retome o cargo na quinta-feira (18).
Na manhã da terça-feira (16), o peemedebista chegou a manifestar incerteza de deixar o cargo ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Na conversa, ele disse que se sentia "um pouco desconfortável" de sair em meio a uma epidemia de vírus da zika no país.
A presidente autorizou seu ministro a deixar o cargo. A avaliação do Palácio do Planalto é de que é melhor enfrentar críticas momentâneas à exoneração do ministro, devido à epidemia de microcefalia no país, do que correr o risco de vitória Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para evitar se indispor com Motta caso ele seja o vencedor, o Palácio do Planalto adotou o discurso de que a decisão do ministro participar da eleição interna é "pessoal" e, portanto, sem interferência do governo federal. Segundo relatos, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) chegou entrar no circuito para acalmar Motta, que nos bastidores vem ameaçando retaliação.
Apesar de trabalhar pela vitória de Picciani, o governo federal avalia que há um "risco real" de vitória de Motta, uma vez que a votação secreta pode estimular traições de última hora. Por isso, que a garantia do voto de Castro é considerada estratégica.
A eleição desta quarta-feira (17), que é secreta, escolherá o responsável por indicar os integrantes do PMDB para a comissão que analisará o impeachment de Dilma, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Casa, entre outras atribuições.
Cunha se empenhou pessoalmente, ligando para deputados em busca de votos para Motta. Uma derrota de seu candidato hoje tem o potencial de enfraquecer o movimento pró-impeachment, além de reforçar a pressão por sua saída do cargo.
O presidente da Câmara é acusado de envolvimento no esquema de desvios da Petrobras e tem um pedido de afastamento do cargo em análise no Supremo Tribunal Federal. Para o governo, a vitória de Picciani é importante para evitar o impeachment de Dilma e garantir a provação de medidas do ajuste fiscal.
Folhapress
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