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Economia

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2016 às 22:11

Epidemia de zika já afeta o setor turístico no Brasil

 VIEW OF THE BEACH IN FRONT OF THE TIVOLI ECORESORT PRAIA DO FORTE IN PRAIA DO FORTE, ABOUT 80 KM NORTH FROM SALVADOR IN BAHIA STATE, WHICH WILL HOST CROATIA'S NATIONAL FOOTBALL TEAM DURING THE FIFA WORLD CUP BRAZIL 2014, ON FEBRUARY 19, 2014. CROATIA WILL PLAY IN GROUP A WITH BRAZIL, CAMEROON AND MEXICO IN SAO PAULO, MANAUS AND RECIFE.

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YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
A epidemia de zika já começa a provocar os primeiros cancelamentos e adiamentos de pacotes de viagem e de reservas de hotéis no Brasil. Os pedidos de cancelamento ou postergação de viagens partem de turistas estrangeiros, em sua maioria, de grávidas e acompanhantes, mas ainda representam menos de 1% dos pacotes vendidos, segundo operadoras.
A epidemia de zika já começa a provocar os primeiros cancelamentos e adiamentos de pacotes de viagem e de reservas de hotéis no Brasil. Os pedidos de cancelamento ou postergação de viagens partem de turistas estrangeiros, em sua maioria, de grávidas e acompanhantes, mas ainda representam menos de 1% dos pacotes vendidos, segundo operadoras.
O movimento foi detectado pela Embratur, empresa responsável pela promoção do Brasil no exterior. Para esclarecer o turista internacional e evitar uma onda de desistências, a empresa enviou um comunicado a operadores, agentes de turismo e parceiros - em português, inglês e espanhol - com esclarecimentos sobre o vírus e recomendações aos viajantes.
A Blumar, uma das maiores operadoras de turismo que trabalham com turistas internacionais, vem registrando cancelamentos ou adiamentos de pacotes pontuais há duas semanas. Segundo a empresa, a divulgação por empresas aéreas de que vão isentar grávidas de taxas para remarcação de passagens para países afetados pela epidemia contribuiu para a decisão dos clientes, uma vez que o transporte aéreo costuma ser a parte mais cara da viagem.
A Del Bianco também registrou cancelamentos e adiamentos de viagens para o Brasil por causa do zika, especialmente após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar emergência mundial devido aos casos de microcefalia causados pelo vírus. As duas operadoras informam que os cancelamentos e adiamentos representam menos de 1% dos pacotes vendidos, e que o movimento do Carnaval não foi afetado.
Vinícius Lummertz, presidente da Embratur, disse que a empresa vem monitorando notícias de cancelamentos ou adiamentos de viagens ao Brasil em seus 13 escritórios no exterior. Segundo ele, foram detectadas postergações de pacotes de turistas grávidas na Argentina e no Chile. Ele não acredita que esses casos terão impacto significativo sobre o turismo no Brasil, mas reconhece que, caso sejam comprovadas outras formas de contágio da doença, o efeito será maior. Na última sexta-feira, a Fiocruz disse ter detectado presença ativa do zika na saliva e urina, com potencial de infecção.
"Por enquanto, ainda é uma hipótese. Mas se tiver outras possibilidades (de contágio) comprovadas, o impacto sobre o turismo pode ser maior. Até agora, verificamos adiamentos pontuais de viagens feitos por grávidas", afirmou Lummertz.
Na região Nordeste, onde efeitos do zika têm sido registrados em maior proporção, a rede hoteleira já sente a preocupação dos viajantes, embora negue efeito expressivo nas operações. A espanhola Iberostar, por exemplo, que tem dois grandes resorts na Praia do Forte, na Bahia, vem recebendo pedidos de adiamento de reservas e alguns raros cancelamentos.
"O impacto no total de reservas é irrelevante. Mas há, principalmente, mulheres grávidas preocupadas em se expor ao risco. Quando procurados, orientamos nossas equipes a listar as medidas que adotamos para impedir a proliferação do mosquito nos resorts e arredores", disse Orlando Giglio, diretor da Iberostar no Brasil.
Para Artur Maroja, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) de Pernambuco, com o grande volume de informações sobre prevenção e combate ao mosquito transmissor, o efeito entre os viajantes domésticos é menor. "O turista tem procurado os hotéis, e há pedidos de adiamento e de cancelamentos, mas em número reduzido. E transmitimos uma mensagem realista, com atenção especial às grávidas. Se uma gestante planeja viajar, deve consultar seu médico e, depois, tomar a decisão. Achar que não haverá impacto é ingenuidade."
Especialistas alertam que o zika mancha a imagem do País, com reflexos para o turismo. "Aspectos como os ligados à segurança têm forte impacto na imagem do País no exterior. Mas a dengue e o zika elevaram isso a um novo patamar. É preciso agir com responsabilidade e rapidez, pois é uma situação que queima a imagem do Brasil e de seus diversos destinos lá fora", disse Trícia Neves, sócia da Mapie, consultoria especializada no setor hoteleiro.
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