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Agronegócios

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2016 às 22:15

Safra do feijão e do milho agrada aos agricultores gaúchos

 Lavoura de feijão em Piratini. Crédito Marco Medronha

Lavoura de feijão em Piratini. Crédito Marco Medronha


MARCO MEDRONHA/DIVULGAÇÃO/JC
A qualidade do feijão colhido tem deixado os produtores do Rio Grande do Sul satisfeitos, de acordo com a Emater. Com boa parte da safra já colhida, ultrapassando os 62% de área, os agricultores na maioria das regiões (com exceção do Alto da Serra do Botucaraí, Vale do Rio Pardo e Médio Alto Uruguai) obtêm bons resultados com a produtividade média até o momento, que gira em torno de 1.400 quilos por hectare, inicialmente projetado para esta safra. Faltando algumas áreas a serem colhidas nas regiões produtoras e em toda área semeada no tarde (Serra), a tendência é de uma boa primeira safra.
A qualidade do feijão colhido tem deixado os produtores do Rio Grande do Sul satisfeitos, de acordo com a Emater. Com boa parte da safra já colhida, ultrapassando os 62% de área, os agricultores na maioria das regiões (com exceção do Alto da Serra do Botucaraí, Vale do Rio Pardo e Médio Alto Uruguai) obtêm bons resultados com a produtividade média até o momento, que gira em torno de 1.400 quilos por hectare, inicialmente projetado para esta safra. Faltando algumas áreas a serem colhidas nas regiões produtoras e em toda área semeada no tarde (Serra), a tendência é de uma boa primeira safra.
Já o feijão da safrinha ou segunda safra do estado foi plantado com pequena dificuldade na segunda quinzena de janeiro, devido à falta de umidade em algumas regiões. Com as precipitações das últimas semanas, reiniciou-se o preparo de áreas e o plantio, ainda com a expectativa em algumas regiões de ampliar a área com feijão safrinha. Essas lavouras tradicionalmente são destinadas para o consumo da própria família e venda do excedente, assim como para reserva de sementes em pequenas propriedades familiares.
No milho, a colheita segue em ritmo acelerado, chegando aos 30% do total da área semeada nesta safra. Como vem ocorrendo desde o início, os rendimentos obtidos até o momento surpreendem os produtores de forma positiva, pois há casos que superam os 10 mil kg de milho por hectare. O clima de verão verificado desde o início da safra, com chuvas regulares e temperaturas elevadas, tem sido benéfico às lavouras em desenvolvimento e às que estão em floração e formação de grãos. Até as lavouras plantadas fora do período recomendado, conhecidas como safrinha, apresentam bom desenvolvimento. Para o milho destinado à produção de silagem, as produções giram ao redor de 36 toneladas de massa verde por hectare. Dos 350 mil hectares plantados para este fim, cerca de 55% já estão colhidos.
A soja está em fase final de desenvolvimento vegetativo, verificando-se que a maior parte da área total plantada está em florescimento e formação de vagens/grãos. A plantação apresenta ótimo desenvolvimento em função das condições climáticas registradas até agora. A umidade no solo tem propiciado uma boa fixação e um bom número de vagens por planta, fator determinante da produtividade final das lavouras. Nesse sentido, o regime de chuvas das próximas semanas será decisivo para a garantia de uma boa produção para o Rio Grande do Sul.
Já a cultura do arroz evoluiu de forma bastante satisfatória nos últimos dias. Sem problemas de água para a irrigação e beneficiadas pelo clima quente e a boa insolação, as lavouras apresentam padrão e potencial produtivo dentro do esperado (ao redor dos sete mil kg/ha), para uma cultura que enfrentou sérios problemas quando da sua implantação. Embora exista um significativo atraso em relação aos anos anteriores, a atual safra já registra as primeiras áreas colhidas. São lavouras plantadas muito cedo (início de setembro), na Fronteira-Oeste e no Vale do Caí, que representam no conjunto menos de 1% do total semeado.

Clima beneficia desenvolvimento de hortaliças e frutas

Segundo a Emater, as chuvas e a redução do calor nas regiões das Missões e Fronteira-Noroeste contribuíram para melhorar o desenvolvimento das hortaliças folhosas. Já cenoura, beterraba, alho, cebola e demais raízes vêm sendo produzidas normalmente.
Além da baixa produção de frutas da época, como melão, melancia e uva, o forte calor acelerou o fim do ciclo das plantas. A colheita do abacaxi está em andamento nos municípios costeiros ao rio Uruguai. Os preços recebidos pelos produtores são bons, com comercialização fácil.
As lavouras de citros estão com boa formação dos frutos. A colheita da uva está encerrada, e o rendimento ficou dentro da expectativa, porém a qualidade foi muito baixa, devido ao excesso de chuvas, especialmente em dezembro, o que resultou em redução no teor de açúcar.
A cultura da cebola segue em fase de colheita, cura e comercialização na região Sul do Estado. No município de Rio Grande, a colheita da cebola está encerrada. Os preços são bons e tendem a aumentar. A produção não apresenta boa qualidade em função do excesso de chuvas, que inundou muitas lavouras no período de formação de bulbos e da colheita.
Em São José do Norte, alguns produtores compraram semente de cebola de verão e estas estão na sementeira. Em Herval, a cebola semente está em fases de enchimento dos grãos, pré-colheita e colheita.

Condições dos rebanhos bovinos estão boas nas pastagens

São boas as condições dos animais que estão em campos onde há oferta adequada de forrageiras, além de pastagem perene e anuais cultivadas. De acordo com a Emater, é bom o estado nutricional do rebanho bovino, com a fase de nascimento de terneiros finalizada. O período de inseminação está no final, e o de entoure segue em andamento.
Com o bom desenvolvimento dos campos nativos, há reflexos positivos no índice de cio. Produtores priorizam cuidados com o rebanho de cria para aumentar a taxa de repetição nessa categoria animal. Alguns produtores utilizam sincronização de inseminação e IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) para facilitar o manejo e implantar o melhoramento genético de seus rebanhos. O mercado do boi e vaca para abate é estável, em um bom patamar.
A produção apícola é a mais prejudicada pelo clima chuvoso, pois as flores "lavadas" impedem a coleta de néctar. Há expectativas quanto ao enfraquecimento do fenômeno El Niño e quanto à possibilidade de um outono menos chuvoso e de uma temporada mais favorável de floração do eucalipto. Foi intensificada a atividade das abelhas campeiras. As sobrecaixas já apresentam favos cheios de mel, deixando os apicultores otimistas, até porque os enxames apresentam bom estado nutricional e sanitário.