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Consumo

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2016 às 17:30

Pessimismo dos empresários do comércio persiste

 Lojas e quiosques de diversos produtos no aeroporto Salgado Filho. Pessoas utilizam cada vez mais o comércio desses locais como opções de compra em datas festivas.    Comércio. Natal. Festas de fim de ano.

Lojas e quiosques de diversos produtos no aeroporto Salgado Filho. Pessoas utilizam cada vez mais o comércio desses locais como opções de compra em datas festivas. Comércio. Natal. Festas de fim de ano.


JOÃO MATTOS/JC
Com recuo de 17,4%, a confiança dos empresários do comércio gaúcho inicia o ano permanecendo em patamar pessimista, pelo 13º mês consecutivo. Aos 81,2 pontos em janeiro, o resultado indica a permanência da conjuntura de confiança bastante deprimida. Os dados são da pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (Icec-RS), realizada pela Fecomércio-RS e divulgada nesta quinta-feira.
Com recuo de 17,4%, a confiança dos empresários do comércio gaúcho inicia o ano permanecendo em patamar pessimista, pelo 13º mês consecutivo. Aos 81,2 pontos em janeiro, o resultado indica a permanência da conjuntura de confiança bastante deprimida. Os dados são da pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (Icec-RS), realizada pela Fecomércio-RS e divulgada nesta quinta-feira.
Assim como nos meses anteriores, o pessimismo dos empresários do comércio do Rio Grande do Sul é influenciado de maneira decisiva pela atual situação da economia brasileira, com destaque para a alta da inflação e das taxas de juros, atividade econômica em ritmo de queda e sem perspectiva de melhora, resultados negativos das contas públicas e forte depreciação cambial. Além disso, a instabilidade política também pesa no resultado do indicador.
Apesar do quadro atual, as expectativas em relação ao futuro persistem no campo otimista, ainda que em níveis mais baixos do que os verificados em anos anteriores. "As expectativas dos empresários para suas próprias empresas e, em menor nível, para o comércio como um todo são fatores que sustentam esse otimismo", salientou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. O indicador de expectativas dos empresários em relação ao futuro (IEEC), apesar de permanecer acima de 100,0 pontos (117,6), registrou um recuo de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os dados de janeiro sobre as condições atuais (Icaec), que refletem a percepção do empresário quanto ao momento econômico presente, ao setor e à própria empresa, atingiram 42,0 pontos, queda de 40,1% na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, sem mudanças significativas no cenário, a percepção dos empresários do comércio em relação às condições atuais segue a mesma trajetória dos últimos meses. "Mais uma vez, a conjuntura que combina atividade econômica em queda, inflação e juros elevados, câmbio depreciado, situação fiscal crítica e instabilidade política explicam essa percepção", considerou. Os outros componentes desse mesmo indicador - percepção quanto ao comércio e à própria empresa - apresentaram quedas intensas em relação a janeiro/2015, com recuo de 37,7% e de 31,8%, respectivamente.
No que se refere aos investimentos do empresário do comércio (IIEC), houve redução de 16,2% na comparação com janeiro passado, com o indicador aos 84,2 pontos. Segundo o presidente da Fecomércio-RS, foram determinantes para esse comportamento negativo as reduções das perspectivas de realização de investimentos (-27,9%) e de contratação de funcionários (-17,1%).

Atividade do varejo abre ano com queda de quase 10%

De acordo com o Indicador Serasa de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o País caiu 9,6% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a maior retração interanual do comércio varejista desde o tombo de 11,2% observado em abril de 2002. Em relação ao mês de dezembro do ano passado, já efetuados os ajustes sazonais, a retração da atividade varejista em janeiro de 2016 foi de 1,1%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a forte retração do movimento dos consumidores no comércio neste primeiro mês do ano prenuncia que, a exemplo do que foi o ano passado, 2016 deverá ser mais um ano de dificuldades para a atividade varejista. Juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio no ano passado, ainda continuarão presentes em boa parte do ano de 2016.
Excetuando-se combustíveis e lubrificantes, que cresceu 3,8%, todos os demais segmentos do varejo nacional registraram retração no primeiro mês de 2016 em relação a janeiro do ano passado: veículos, motos e peças (-20,4%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-15,3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-13,1%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,7%); material de construção (-2,4%).
Já na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, as variações mensais foram: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1%); combustíveis e lubrificantes (-0,2%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,4%); veículos, motos e peças (3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (3,9%); material de construção (4,3%).

Banco Central republica a circular que aprimora regulamentação de consórcios

Num momento de aumento da procura por consórcios de automóveis e residências, o Banco Central (BC) republicou a Circular nº 3.785, que aprimora a regulamentação do Sistema de Consórcio. As regras ficaram mais claras para os consorciados, retiram parte da burocracia do negócio e obrigam o setor a demonstrar a viabilidade da criação de grupos, entre outros pontos.
Entre as mudanças previstas está a explicitação da possibilidade de readmissão de consorciado excluído não contemplado em seu grupo, o que não era tão claro anteriormente. Além disso, serão desconsideradas eventuais multas rescisórias cobradas no momento da exclusão. A medida, segundo nota da assessoria de imprensa do BC, preserva a poupança já realizada pelo participante e reduz custos operacionais de administração de grupos de consórcio. Com isso, pode contribuir também para a redução das taxas de administração.
A partir de agora, o consorciado poderá se desligar do grupo comunicando a administradora da mesma forma que fez no momento da contratação, e não necessita mais de uma formalização por meio de um texto escrito. Além disso, as administradoras de consórcio terão a obrigatoriedade de elaborar um relatório específico que comprove sua viabilidade econômico-financeira e a compatibilidade entre o valor da taxa de administração cobrado antecipadamente e as despesas imediatas de vendas de cotas.
O documento publicado nesta quinta-feira no BC Correio, sistema de informação do BC com o mercado, altera a Circular nº 3.432, de 3 de fevereiro de 2009, e foi assinado pelo diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso. As mudanças, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição, contribuem para o desenvolvimento sustentável do segmento, um "instrumento de fomento à poupança popular direcionado para a aquisição de bens e serviços". O objetivo das novas regras é aumentar a transparência no relacionamento entre administradoras e consorciados.