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Indústria

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2016 às 18:41

Custo do trabalho prejudica competitividade industrial

O aumento do número de demissões e a alta taxa de desemprego marcaram o ano de 2015. Tanto para o Brasil quanto para o Rio Grande do Sul, a geração de emprego foi a menor de toda a série histórica do Ministério do Trabalho e do Emprego, iniciada em 1996. Enquanto em 2014 foram criadas 420,7 mil vagas de emprego, em 2015, foram extintos, no Brasil, 1,5 milhão de postos de trabalho. Este fator, aliado ao aumento da inflação, levou a uma queda de 3,8% dos salários em termos reais. Indústria e serviços foram os setores mais afetados no País, com a extinção de 1,05 milhão e 503,9 mil postos de trabalho, respectivamente. A situação só foi diferente para o setor da agropecuária, que ofertou 9,8 mil novos empregos.
O aumento do número de demissões e a alta taxa de desemprego marcaram o ano de 2015. Tanto para o Brasil quanto para o Rio Grande do Sul, a geração de emprego foi a menor de toda a série histórica do Ministério do Trabalho e do Emprego, iniciada em 1996. Enquanto em 2014 foram criadas 420,7 mil vagas de emprego, em 2015, foram extintos, no Brasil, 1,5 milhão de postos de trabalho. Este fator, aliado ao aumento da inflação, levou a uma queda de 3,8% dos salários em termos reais. Indústria e serviços foram os setores mais afetados no País, com a extinção de 1,05 milhão e 503,9 mil postos de trabalho, respectivamente. A situação só foi diferente para o setor da agropecuária, que ofertou 9,8 mil novos empregos.
Na economia gaúcha, foram fechadas 95,1 mil vagas. Indústria e serviços foram os setores mais atingidos, com quedas de 69,2 mil e 27,1 mil vagas, respectivamente. A situação só foi diferente para o setor agropecuário, onde foram criadas 1,2 mil novas oportunidades. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o desemprego passou de 3,6% para 6,7%, conforme a Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE. A queda nos salários também foi expressiva, registrando -3,8% nas seis regiões metropolitanas brasileiras acompanhadas pelo IBGE e -2,5% em Porto Alegre.
O aumento do Custo Unitário do Trabalho (ULC) para a indústria de transformação no Brasil, entre janeiro de 2006 e outubro de 2015, foi de 7,0%. Ou seja, apesar da queda nas vagas de trabalho, os aumentos reais nos salários médios superam os ganhos de produtividade na indústria de transformação e pressionam os custos de produção. "As folhas salariais continuam crescendo sem a contrapartida, na mesma intensidade do aumento da produção por hora trabalhada", explicou o presidente da Fiergs, Heitor Müller. "A desvalorização da taxa de câmbio ajuda a contrabalançar o peso da nossa baixa produtividade e dos nossos elevados custos de mão de obra sobre a competitividade. Porém, não podemos basear a nossa política de competitividade externa em uma variável que temos pouca capacidade de determinar o seu valor. Se não houver a modernização da legislação trabalhista e melhora nos indicadores de produtividade, quando a economia voltar a crescer, enfrentaremos o mesmo problema e pressão por aumento de salários", completou.
Dos 20 subsetores que compõem a indústria de transformação do Brasil, 15 tiveram crescimento dos salários médios reais (por hora) no período de janeiro de 2006 a outubro de 2015, com uma média de 16,9% de aumento. Para este ano, a extinção de vagas deve continuar, e o cenário será de ajustamento do mercado de trabalho às condições econômicas. De acordo com a pesquisa, a expectativa é de que 1,2 milhão de vagas sejam perdidas no Brasil. No Rio Grande do Sul, esse número deve chegar a 92,7 mil. O setor de serviços será o mais afetado (-46,4 mil empregos). A indústria também seguirá dispensando, com a previsão de 42,6 mil postos de trabalho a menos que em 2015. O ano de 2016 deve afetar o emprego também na agropecuária. Ao contrário de 2015, o setor deve demitir 3,7 mil trabalhadores.

JAC Motors corta R$ 800 milhões em investimento previsto na Bahia

A montadora chinesa JAC Motors, que veio em 2011 ao Brasil com o plano de instalar uma fábrica em Camaçari, na Bahia, foi surpreendida pela crise econômica e decidiu cortar a maior parte do investimento previsto para a construção da unidade. Agora, serão investidos R$ 200 milhões, em vez do R$ 1 bilhão projetado inicialmente, um corte de R$ 800 milhões, ou cerca de 80% do total.
A redução ocorre porque o governo chinês, antes principal sócio do negócio, decidiu não investir mais na fábrica. Antes, os chineses eram responsáveis por 66% da JAC no Brasil, enquanto o grupo brasileiro SHC detinha os outros 34%, segundo a assessoria de comunicação da montadora.