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Crédito

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2016 às 18:04

FGTS para o consignado deve diminuir os juros

 FOTO DE GENTE NA FILA DO CAIXA DA PAQUETÁ CALÇADOS DA ESQUINA DEMOCRÁTICA.   A IDÉIA É DEMONSTRAR  CLIENTES QUE ESTEJAM FECHANDO NEGÓCIO DE CRÉDITO PESSOAL OU CRÉDITO CONSIGNADO. FOTO TAMBÉM CONSTA DA SIMULAÇÃO DO CRÉDITO

FOTO DE GENTE NA FILA DO CAIXA DA PAQUETÁ CALÇADOS DA ESQUINA DEMOCRÁTICA. A IDÉIA É DEMONSTRAR CLIENTES QUE ESTEJAM FECHANDO NEGÓCIO DE CRÉDITO PESSOAL OU CRÉDITO CONSIGNADO. FOTO TAMBÉM CONSTA DA SIMULAÇÃO DO CRÉDITO


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Para fortalecer o argumento a favor da aprovação do uso de recursos do FGTS como garantia para crédito consignado de trabalhadores do setor privado, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, determinou a publicação de uma nota mostrando que a medida reduzirá as taxas de juros dessa modalidade de empréstimo.
Para fortalecer o argumento a favor da aprovação do uso de recursos do FGTS como garantia para crédito consignado de trabalhadores do setor privado, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, determinou a publicação de uma nota mostrando que a medida reduzirá as taxas de juros dessa modalidade de empréstimo.
O governo federal vai propor ao Congresso, por meio de Medida Provisória (MP), que o trabalhador possa usar sua multa rescisória (40% do saldo acumulado do FGTS) e até 10% do saldo da sua conta para garantia de crédito consignado. Esse é um dos caminhos apontados pelo governo para destravar o crédito, que teve queda em 2015, e reanimar a economia.
Se 10% dos trabalhadores usarem suas garantias para o consignado, o potencial de novas operações pode chegar a R$ 17 bilhões, estima a equipe econômica da presidente Dilma.
Para a medida valer, deputados e senadores precisam aprová-la. Depois, ela deve ser regulamentada pelo conselho curador do FGTS. Os bancos, então, desenvolverão as linhas de crédito, com suas taxas de juros. O governo defende que a medida tem potencial para desenvolver o crédito consignado no setor privado, que respondeu por apenas 7% das operações consignadas no ano passado. Atualmente, a grande maioria dos usuários é de servidores públicos e aposentados, que têm mais estabilidade e representam menos riscos para as instituições financeiras.
Segundo a Fazenda, a inadimplência do consignado no setor privado é mais de duas vezes superior à do público mais cativo dessa modalidade. A informação divulgada ontem diz ainda que a possibilidade de uso do FGTS como garantia permite a substituição de dívidas caras por dívidas mais baratas, melhorando o perfil de crédito das pessoas. De acordo com a nota, os empréstimos continuariam sendo pagos mediante o desconto de um percentual fixo do salário do trabalhador, como já acontece hoje.
Somente no caso de demissão sem justa causa, o trabalhador poderia utilizar o valor da multa como garantia para as operações. Em caso de demissão a pedido do trabalhador, pode haver duas situações: o trabalhador começar em outro emprego e continuar com condições de honrar o empréstimo; ou permanecer desempregado, um risco "passível de precificação".

José Galló defende a flexibilização das leis trabalhistas

O presidente da Lojas Renner, José Galló, classificou as medidas de ampliação do crédito empreendidas pelo governo como positivas. A avaliação foi feita após reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Galló também saiu em defesa da flexibilização da legislação trabalhista. Apesar de dizer que não tratou especificamente desse tema com Barbosa, o empresário defendeu a medida. "Para que a gente consiga fazer uma adequação maior de aproveitamento de pessoas", justificou. Segundo ele, a proposta visa a permitir que algumas situações negociadas com os sindicatos prevaleçam, "sem ofender a CLT".
Sobre crédito, afirmou que tudo que seja direcionado a facilitação do consumo "é bom". Para ele, o acesso ao crédito não deve gerar preocupação sobre a inadimplência. "O consumidor brasileiro é muito comportado. Se ele cai em uma lista negra, no SPC, na Serasa, terá grandes dificuldades." Ressaltou que, historicamente, a inadimplência tem aumentos momentâneos, mas logo se ajusta.
No encontro, também estavam presentes outros nove executivos de redes de varejo, como Luiza Trajano, da Magazine Luiza.