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- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 22:16

Diário de viagem, cultura pop e memórias

 livro tudo que um geek deve saber frente dvg editora novas ideias

livro tudo que um geek deve saber frente dvg editora novas ideias


EDITORA NOVAS IDEIAS /DIVULGAÇÃO/JC
Tudo que um geek deve saber - uma incrível jornada épica entre RPG, jogos on-line e reinos imaginários (Editora Novo Conceito, 432 páginas, tradução de Ivar Panazzolo Júnior), do poeta, professor e jornalista norte-americano Ethan Gilsdorf, crítico de filmes, livros e restaurantes, autor de livros de viagens, arte e cultura pop e redator de manuais, é, antes de tudo, uma mistura, um cruzamento de O senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, com On the road, de Jack Kerouac.
Tudo que um geek deve saber - uma incrível jornada épica entre RPG, jogos on-line e reinos imaginários (Editora Novo Conceito, 432 páginas, tradução de Ivar Panazzolo Júnior), do poeta, professor e jornalista norte-americano Ethan Gilsdorf, crítico de filmes, livros e restaurantes, autor de livros de viagens, arte e cultura pop e redator de manuais, é, antes de tudo, uma mistura, um cruzamento de O senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, com On the road, de Jack Kerouac.
Gilsdorf publicou muitas histórias de viagens, arte e cultura pop no The New York Times, Boston Globe e Christian Science Monitor. Seus textos foram lidos em diversos jornais ao redor do mundo, como o National Geographic Traveler, Psychology Today, The San Francisco Chronicle, The Australian Financial Review, USA Today e Washington Post. Durante décadas, jogou religiosamente Dungeons & Dragons, jogo de narrativa épica contínua e alguns personagens com vidas intermináveis.
Na narrativa de Tudo o que um geek deve saber, Gilsdorf mostra uma jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos. Gilsdorf conta não somente sua história, mas a da cultura pop. Ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua "família" e, no incrível tour, viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds.
Em meio à jornada, Gilsdorf visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída com os mesmos recursos utilizados no passado e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O senhor dos anéis.
A narrativa mescla diário de viagem, análise da cultura pop e memórias do autor, que foi viciado no game Dungeons & Dragons, atravessa os Estados Unidos, o mundo e outros mundos! De Boston a Nova Zelândia, do Planeta Terra aos reinos de Azeroth, a odisseia pessoal, a crise medieval de meia-idade e a pesquisa de coisas malucas e estranhas dos nerds vai levando os leitores a uma viagem divertida ao coração da fantasia. O leitor vai saciar o desejo de ser diferente. A narrativa lembra O senhor dos anéis e On the road, o clássico de Jack Kerouac e não respeita limites geográficos e temporais. Imperam a fantasia e a liberdade.
Nas linhas finais, estão palavras de Frank Mentzer, mestre da Convenção de Jogos do Lago Genebra: "Vencer não é tudo. É a única opção", mas o que o D&D mostrou às pessoas é que a felicidade é a jornada, não o destino. Não é quem vence o jogo, é o que você faz durante a partida. E o jogo todo se transforma naquilo que você faz durante a partida". No fim da obra está um glossário de termos e abreviações para facilitar a leitura.

Casal no restaurante

- Quem sabe tu larga essa praga desse celular, dá uma bicada na tua caipirinha e a gente conversa um pouco?
- Para que falar desse jeito? É que eu estava respondendo uma mensagem tua, pedindo urgente o endereço do psicólogo. E tu, que estava grudada no celu até há pouco? Quem falando?
- Tava falando com a tua mãe, se tu quer saber. Tu não liga para ela e aí ela me liga toda hora. De mais a mais, tu podia me mandar o contato do terapeuta depois da janta, não era tão urgente assim.
- Não sei por que tanta irritação. Qual o problema de um casal antigo estar num restaurante, falando ou clicando nos celulares, enquanto aguarda a comida? Saco, parece coisa de politicamente correto.
- Bom, ao menos agora a gente está conversando, até se olhando olho no olho.
- Isso, estamos conversando sobre a falta de conversa que o celular anda causando. Já é um tema de conversa. Já é alguma coisa. Tu tem algum outro assunto?
- Engraçadinho. Fica brincando com coisa séria. Quem sabe tu amadurece um pouco, aprende a conversar. A propósito, queria te falar do problema aquele do vazamento da área de serviço. O cara marcou e não apareceu.
- Vou ter que ligar de novo. Tu já poderias ter ligado, não é? Tudo bem. Mas não vamos nos estressar. Toma aí tua cerveja. Ah, ainda bem, chegou o filé da casa, para duas pessoas, com ovos, fritas, arroz, feijão mexido, salada, aipim, polenta e batata doce assada.
- Legal, esse prato, essa quantidade e o preço. Relação custo-benefício excelente. Parabéns pela escolha, de vez em quando tu dás uma dentro!
- Gracinha. Melhor a gente comer quieto, se concentrar, mastigar duzentas vezes tipo velhos macrobióticos, que aí engordamos menos. Nem ia falar de novo nesse assuntozinho. Casal de peso.
- É isso aí, melhor olhar a comida, comer com os olhos, curtir o visual dela, pegar e largar os talheres várias vezes, fechar os olhos, agradecer a Deus pelo alimento, meditar alguns momentos e pensar que cada refeição é um ritual importante para nossa vida, uma ocasião única, um encontro com as forças da natureza, uma benção.
- Mas bah! Coisa linda. Conversa de domingo. Mas tu até tá certa. De vez em quando, tu diz algumas coisas com fundamento, não posso negar. Depois desses anos tu ainda me surpreende. Incrível!
- Tu também me surpreendes ainda. De vez em quando com alguma surpresa boa. Mas para de falar com a boca cheia.
(..................)
- Boa comida. Não sei se não comi um pouco demais. Bom, amanhã a gente caminha para compensar.
- Acho que exagerei um pouco no arroz com feijão mexido. Paciência.
- Se quiser, Teca, pode falar no celular que eu deixo, não vou ficar com ciúmes.
- Vou aproveitar para ver umas mensagens que chegaram no whats. Vai ver tua mãe ligou de novo.
- Vou ver fotos que os do Grupo Homens com Hagazão mandaram...
- Garçom, de sobremesa, dois sagus grandes com creme de leite.
- Garçom, dois cafezinhos e a conta, por favor.

A propósito...

Quando os dois chegaram em casa, os filhos tinham saído e, aí, a Teca propôs que eles deixassem os celulares um em cima do outro, simbolicamente, na cama do quarto de hóspedes, para não atrapalhar os diálogos dos dois no quarto de casal. Ele, de início, achou a ideia meio estranha, mas topou. Não era a hora de contrariar e, no fundo, pensou que o lance era até simpático. A Teca ainda gostava dele, depois de décadas. Se era tara ou coisa assim, ninguém tinha nada a ver com isso. Coisas de casal.
Depois de alguns diálogos, acharam que os celulares estavam carentes e foram lá dar um carinho para eles.

Lançamentos

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EDITORA NOVAS IDEIAS /DIVULGAÇÃO/JC
Rumo à vertigem ou a arte de naufragar-se (Ateliê Editorial, 184 páginas), de Wassily Chuck, poeta, engenheiro, filósofo e diplomata de carreira, com xilogravuras de Luise Weiss, traz bem elaborados e densos poemas que tratam de ventos, águas, mar, aves, Nova Iorque, ondas, vida, morte e do próprio fazer poético.
Um médico na floresta (Buqui, 128 páginas), do médico e professor Ronaldo André Poerschke, traz 42 crônicas sobre a rica experiência que o autor teve, em dois anos, em Assis Brasil, no alto do rio Acre, logo depois de formado. Local isolado pelas chuvas, lá até avião atolava. Foi um tempo inesquecível e bem relatado.
Pérolas de Pedro (Catarse, 112 páginas) tem crônicas dos professores Demétrio de Azeredo Soster e Fabiana Piccinin, com ilustrações de Gabriel Renner, sobre o convívio com o filho Pedro a partir de seus 4 anos. Perguntas, máximas, citações e outras joias da infância e do cotidiano das relações familiares estão na obra.