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Estradas

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2016 às 17:54

Motoristas encontram melhores condições em estradas do Litoral

 Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital.    Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.

Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital. Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.


JOÃO MATTOS/JC
Os motoristas que se dirigiram até o Litoral gaúcho neste veraneio tiveram pelo menos duas gratas surpresas. Frutos de investimentos recentes, as melhores condições de circulação nos trechos concessionados da BR-290 (Freeway) e da RS-040 foram o ponto alto de muitos deslocamentos pelas estradas do Rio Grande do Sul no período entre dezembro e fevereiro. Outra rodovia, a BR/RST-453 (Rota do Sol) também manteve condições positivas na avaliação dos motoristas que utilizaram a principal via entre a Serra e as praias.
Os motoristas que se dirigiram até o Litoral gaúcho neste veraneio tiveram pelo menos duas gratas surpresas. Frutos de investimentos recentes, as melhores condições de circulação nos trechos concessionados da BR-290 (Freeway) e da RS-040 foram o ponto alto de muitos deslocamentos pelas estradas do Rio Grande do Sul no período entre dezembro e fevereiro. Outra rodovia, a BR/RST-453 (Rota do Sol) também manteve condições positivas na avaliação dos motoristas que utilizaram a principal via entre a Serra e as praias.
Com investimento de R$ 160 milhões, cerca de R$ 200 milhões em valores anualizados, a concessionária Concepa concluiu e estreou a quarta faixa de circulação da freeway. Os recursos também originaram um viaduto na entrada de Porto Alegre, duas alças de contorno na altura do km 75, no trevo com a ERS-118, e iluminação contínua até a praça de pedágio, em Gravataí. Conforme explica o gerente de Engenharia e Operações da Triunfo Concepa, Fábio Hirsch, a soma das melhorias teve vários reflexos. O chamado trecho metropolitano, entre Porto Alegre e Gravataí, por exemplo, envolve uma operação diária de mais de 110 mil veículos. Neste contexto, eram frequentes as ocorrências de lentidão na entrada da Capital, pela manhã, e, à tarde, na saída da avenida Assis Brasil, no km 86 da rodovia, permanecendo até o km 92.
Atualmente, existem, no máximo, mil metros de trânsito lento, restrito à apenas duas faixas, restando outras duas liberadas para os usuários de longa distância que se deslocam até o Litoral. Já no sentido oposto, para quem volta do Litoral para a Capital, foi implantado um viaduto de acesso à avenida João Moreira Maciel. Nesse local, as filas iniciavam próximas à Arena do Grêmio, na altura do km 94, e se estendiam até o Centro de Porto Alegre.
Hoje em dia, as filas se concentram dois quilômetros adiante, no km 96, mas existe a alternativa de escape pelas avenidas Voluntários da Pátria ou Farrapos. "Conseguimos diminuir o tempo de viagem dos usuários e as extensões de retenção de filas", resume Hirsch.
Com 96,6 km de extensão, entre Porto Alegre e Osório, os 20 quilômetros de quarta faixa da via expressa da freeway ainda podem ser ampliados por mais 15 quilômetros de uso esporádico do acostamento. O teste de fogo foi realizado durante o Carnaval e permitiu que quase 60% da via funcionasse com uma faixa adicional. O resultado foi uma redução de 30% no número de feridos e nenhum óbito registrado no trecho administrado pela Triunfo Concepa.
Fábio Hirsch também destaca os ganhos operacionais. Segundo ele, o tempo médio de atendimento médico foi reduzido para 5 minutos e para ocorrências mecânicas foi de 10 minutos, mesmo com um incremento de 10% na demanda por esses serviços, que saltaram de 45 mil, em 2014, para 49 mil, em 2015. Existem relatos de moradores de Cachoeirinha, por exemplo, que indicam uma economia de 25 minutos no trajeto feito antes da inauguração da quarta pista.
O que muitos motoristas ainda não sabem é que estes ganhos também se refletem no bolso. A empresa de ônibus Unesul, que opera em larga escala na rodovia, constata redução de 3% nos gastos com combustíveis (em razão do menor "arranca e para") e outros 2% de economia em manutenção de peças.
Em nota, a empresa reforça a diminuição dos focos de congestionamento nos dias de maior circulação (Natal, Réveillon, Navegantes e Carnaval), mas sugere medidas como a ampliação do limite de velocidade na quarta pista e também no uso do acostamento. "A 4ª pista permite velocidade de somente 70 km/h o que não é respeitado e provoca dificuldades aos ônibus devido ao entra e sai de veículos nesta faixa."

Investimentos na RS-040 e na Rota do Sol conservam a pavimentação

 Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital.    Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.

Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital. Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.


JOÃO MATTOS/JC
A principal via de acesso a Cidreira e praias do Litoral Sul, a RS-040, por sua vez, recebeu investimentos de R$ 7 milhões na recuperação do asfalto e restauração dos acostamentos. O objetivo, segundo explica o diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Nelson Lídio Nunes, também foi a utilização das vias de escape como alternativa de circulação nos momentos de maior fluxo.
Além disso, a sinalização horizontal e vertical foi reinstalada e uma segunda ambulância está de prontidão em Capivari para atender eventualidades registradas entre 15 de dezembro e 15 de março. "O fluxo na rodovia atendeu a demanda de veículos e não houve nenhum tipo de engarrafamento ao longo da rodovia", comenta Nunes.
Apenas em janeiro, 630 mil veículos trafegaram pela via em ambos os sentidos. Ao todo 29 acidentes, 14 com vítimas, dois com óbitos e 13 com danos materiais ocorreram na rodovia, número inferior ao de outros veraneios, segundo informa o dirigente.
Com 53 km de competência federal e o restante estadual (a BR-453 e RST-453), denominada Rota do Sul, contou com investimentos destinados principalmente à manutenção e conservação do asfalto. Em dezembro de 2015, foram concluídas as obras do entroncamento com a
BR-116 para São Marcos até Lajeado Grande. Os aportes estimados em R$ 50 milhões, integram o programa Crema Serra, criado para a recuperação de quatro trechos rodoviários da Serra gaúcha.
Conforme explica o representante de laboratório, Marcelo Fernando Westerhofen, a Rota do Sol é um dos destaques entre as rodovias gaúchas. Ele roda cerca de 4,5 mil km por mês em estradas gaúchas e costuma gastar em média R$ 200,00 mensais com pedágios. "Não me importo em pagar e ter uma estrada boa. Só que muitas vias com praças de pedágio não entregam as melhorias", comenta.
Por outro lado, no que se refere à Rota do Sol, Westerhofen constata falhas nos modelos de recuperação do asfalto. Segundo ele, os buracos são tapados sem que haja um recorte maior dos pedações de concreto no entorno dos trechos danificados.