Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 16:59

Brasileiros restringem viagens ao exterior

 Empresas &Negócios - turismo - dolar - divulgação stockvault

Empresas &Negócios - turismo - dolar - divulgação stockvault


STOCKVAULT/DIVULGAÇÃO/JC
Com a renda corroída pela inflação e pela alta do dólar, além do medo do desemprego, os brasileiros cortaram do orçamento familiar as viagens ao exterior. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, os gastos com turismo para fora do País caíram 62% em janeiro, para US$ 840 milhões - muito abaixo dos US$ 2,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2015. Desde 2009, auge da crise financeira global, os brasileiros não gastavam tão pouco.
Com a renda corroída pela inflação e pela alta do dólar, além do medo do desemprego, os brasileiros cortaram do orçamento familiar as viagens ao exterior. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, os gastos com turismo para fora do País caíram 62% em janeiro, para US$ 840 milhões - muito abaixo dos US$ 2,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2015. Desde 2009, auge da crise financeira global, os brasileiros não gastavam tão pouco.
"O impacto na conta de viagens internacionais chama a atenção. Tem a questão do câmbio, bem como a atividade econômica, que tem efeitos sobre a renda", comenta o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. Ele adiantou que esse quadro deve se repetir este mês. Nos 19 primeiros dias de fevereiro, os turistas brasileiros gastaram US$ 612 milhões no exterior. Já o Brasil ficou barato para os estrangeiros. As receitas com o turismo aumentaram 14% no mês passado. Os viajantes de fora deixaram US$ 650 milhões aqui em janeiro, o melhor desempenho dos últimos três anos.
A alta da moeda norte-americana não influencia apenas as viagens, mas todas as contas externas do País. O dólar mais caro faz com que as empresas importem menos e exportem mais. Todo esse processo tem diminuído o rombo nas transações correntes, que chegou a US$ 104 bilhões em 2014, US$ 58,9 bilhões no ano passado e deve encerrar 2016 abaixo de US$ 41 bilhões. Essa era a estimativa do BC no fim do ano passado, que já admite revisar para baixo sua aposta.
Os dados de janeiro reforçam que a expectativa para as contas externas foi superestimada. Segundo o BC, o déficit de todas as trocas de serviços e do comércio do País com o resto do mundo foi de US$ 4,8 bilhões, uma queda de 60% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. É o menor déficit para o mês desde 2009. No fim de janeiro, projetava-se um rombo de
US$ 6,7 bilhões. "Dada a continuidade do intenso ajuste em curso nas contas externas, mantemos nossa perspectiva de continuidade da redução do déficit em conta corrente neste ano", prevê o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.
A redução do déficit das contas externas é o efeito bom da crise. Com dólar em um patamar bem mais elevado, a balança comercial, por exemplo, teve saldo positivo em janeiro de US$ 643 milhões, em comparação a um déficit de US$ 2,9 bilhões no mesmo mês do ano passado.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO