Um novo princípio de funcionamento do mundo, além da lógica capitalista, é o que defende o filósofo italiano Nuccio Ordine no livro A utilidade do inútil. A obra descontrói a ideia de que apenas o útil é o que produz lucro ou tem uma finalidade prática, sustentando a ideia de que saberes considerados "inúteis" aos olhos da sociedade, são indispensáveis para o crescimento da humanidade. Ordine sustenta que útil, é tudo aquilo que ajuda a tornar as pessoas melhores e possibilita uma melhora no mundo.
O autor defende que a arte e a cultura, na maioria das vezes hostilizadas pelas pessoas, são fundamentais para o desenvolvimento civil. Ordine cita que a sociedade se considera útil só aquilo que a recompensa com benefícios. A música, a literatura, as bibliotecas, os arquivos de Estado, por exemplo, são consideradas inúteis porque não produzem benefícios. O livro destaca que a lógica utilitarista e a cultura de posse colocam em risco a cultura, a criatividade e as instituições de ensino, também arriscam valores fundamentais como a dignidade humana, o amor e a verdade. Ordine constrói um mosaico de citações de filósofos e escritores como Platão, Aristóteles, Shakespeare, Victor Hugo, García Márquez e outros.
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