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Empresas & Negócios

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 10:06

Sem emprego, brasileiro busca negócio próprio

 EMPRESAS E CONTABILIDADE - IDEIA - SOLUÇÃO - INOVAÇÃO - DIVULGAÇÃO STOCKVAULT

EMPRESAS E CONTABILIDADE - IDEIA - SOLUÇÃO - INOVAÇÃO - DIVULGAÇÃO STOCKVAULT


STOCKVAULT/DIVULGAÇÃO/JC
Nos últimos anos, sobretudo até 2014, o fortalecimento do mercado de trabalho fez com que os profissionais mais qualificados fossem disputados pelas empresas, que sofriam para conseguir preencher as vagas em aberto. Mesmo com a crise econômica, muitas companhias relutaram em dispensar os trabalhadores mais especializados, mas sucumbiram pela paralisia da atividade econômica e pela falta de perspectiva em relação ao futuro. Com margens reduzidas, elas começaram a abrir mão desses profissionais.
Nos últimos anos, sobretudo até 2014, o fortalecimento do mercado de trabalho fez com que os profissionais mais qualificados fossem disputados pelas empresas, que sofriam para conseguir preencher as vagas em aberto. Mesmo com a crise econômica, muitas companhias relutaram em dispensar os trabalhadores mais especializados, mas sucumbiram pela paralisia da atividade econômica e pela falta de perspectiva em relação ao futuro. Com margens reduzidas, elas começaram a abrir mão desses profissionais.
A piora no mercado de trabalho pode ser traduzida em uma estatística da Michael Page - especializada em recrutamento e seleção de profissionais. Atualmente, apenas 10% da demanda feita pelas empresas é para o preenchimento de novas vagas, enquanto 90% é destinada para substituição de trabalhadores. Antes da crise, a relação era de 40% e 60%, respectivamente. "As vagas que eram destinadas para empresas que estavam montando novas áreas de negócios diminuíram demais", afirma Henrique Bessa, diretor da Michael Page. "Havia muita oportunidade por causa das multinacionais que estavam vindo iniciar operação no Brasil."
O saldo de emprego para os mais escolarizados vinha caindo gradativamente nos últimos anos, embora ainda permanecesse positivo. Para os trabalhadores com Ensino Médio completo, por exemplo, houve abertura de mais de 1 milhão de postos em 2010 e 2011. Nos dois anos seguintes, o saldo caiu para 700 mil, depois para 400 mil em 2014, até chegar ao fechamento de 490 mil vagas no ano passado. "Em termos de emprego formal, no ano passado, o País perdeu o equivalente ao que ganhou em 2013 e 2014. Neste ano, podemos perder mais dois anos em termos de criação de emprego", diz o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) João Saboia. Ele afirma que historicamente o mercado de trabalho é o último a reagir em uma retomada da economia.
"Como no Brasil é muito difícil ajustar o trabalho tanto para cima como para baixo, as empresas optam por cortar outros custos. Nos últimos anos, foi possível perceber esse comportamento: o PIB vinha desacelerando, mas o emprego se matinha", diz Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
"Agora, dado o tamanho da nossa crise, será preciso melhorar muito o ambiente e confiança para as empresas voltarem a contratar", afirma. O "atraso" do mercado de trabalho para responder ao avanço da economia fica evidente na projeção dos analistas. Embora haja a expectativa de que a economia possa parar de piorar no segundo semestre deste ano, as projeções para o desemprego são de forte alta e por um período mais prolongado.
No cenário da economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria Integrada, a situação do mercado de trabalho está longe de melhorar. As projeções apontam para um índice de desemprego de dois dígitos ao final deste ano. Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que inclui as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, o índice fecha 2016 acima de 10%, diz ela.
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