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Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 10:38

Energia renovável é pauta da Fiema

 NÃO USAR NO DIA!!! Com a palavra - Jones Favretto 2 - divugação Fiema

NÃO USAR NO DIA!!! Com a palavra - Jones Favretto 2 - divugação Fiema


FIEMA /DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
Em sua 7ª edição, a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia (Fiema Brasil), marcada para o período de 5 a 7 de abril, em Bento Gonçalves, priorizará as discussões em torno das energias alternativas. O presidente da feira, Jones Favretto, observa que, neste momento de pressão sobre os custos das fontes tradicionais, a busca de tecnologias inovadoras torna-se indispensável.
Em sua 7ª edição, a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia (Fiema Brasil), marcada para o período de 5 a 7 de abril, em Bento Gonçalves, priorizará as discussões em torno das energias alternativas. O presidente da feira, Jones Favretto, observa que, neste momento de pressão sobre os custos das fontes tradicionais, a busca de tecnologias inovadoras torna-se indispensável.
JC Empresas & Negócios - Quais são as questões centrais da Fiema 2016?
Jones Favretto - O grande foco desta edição será em negócios ambientais, que era o pedido dos expositores. Daremos atenção especial às energias alternativas, especialmente para a fotovoltaica, mas também para a eólica e o biogás, setores que despontarão em função da pressão sobre o custo da energia. Quando a energia é barata, não há esta preocupação nem incentivos para aproveitar as opções alternativas. Mas isto está mudando. Na Alemanha, por exemplo, cada telhado de casa é um microgerador de energia, que é jogada para a rede e que retorna quando não há sol, no inverno. Isto é realidade lá fora e está chegando ao Brasil. Em breve também poderemos vender energia. Nos próximos anos todos irão investir nisto, em energia limpa, sem ocupar uma só área a mais, só usando telhados, já disponíveis. O biogás também nos interessa muito, pois vem dos resíduos orgânicos de animais, como aves, suínos e bovinos. Dá para direcionar esta energia para fins residenciais, especialmente para aquecimento. Já temos exemplos na região da Serra, como a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, que faz a queima dos detritos e os transforma em energia.
Empresas & Negócios - Como foi o avanço do Brasil, nos últimos anos, nas questões ambientais?
Favretto - Há 20 anos surgiram restrições legais muito fortes, como a lei dos crimes ambientais, por exemplo. Isso tornou o meio ambiente mais complexo para os negócios. Depois disso, entramos em uma área de investimentos em qualidade e surgiu a gestão ambiental, hoje fundamental no processo de toda empresa. Qualquer falha nesta área pode gerar grandes impactos. Basta ver o recente caso da barragem de Mariana, em Minas Gerais. Em um primeiro momento, os empresários perceberam que a gestão dos resíduos era um grande negócio e começaram a separar. Depois, perceberam que a venda de resíduos era sinal de perdas no processo. Então, passaram a investir em tecnologias limpas e para reduzir perdas, incluindo o reuso.
Empresas & Negócios - Quem tem gestão ambiental é mais beneficiado em uma concorrência?
Favretto - Já há empresas que só contratam quem tenha certificação ou pelo menos a comprovação de que não faz descartes equivocados, não gera resíduos tóxicos, que tenha no mínimo o licenciamento ambiental em dia. Sem o licenciamento, não se consegue abrir uma empresa, obter empréstimo, há limitações, porque precisa atender requisitos básicos. Ainda falta isto para a pequena empresa, criar esta área ambiental.
Empresas & Negócios - Isso se deve a quê?
Favretto - As empresas gostariam, mas uma certificação tem custo elevado. Uma forma de melhorar é criar certificadoras ligadas ao Sebrae, com custo subsidiado e ter processo padronizado. Não temos isto ainda, há dependência das certificadoras tradicionais, que têm custo muitas vezes inviável para o pequeno negócio.
Empresas & Negócios - Qual é o nível das tecnologias ambientais produzidas no Brasil?
Favretto - Estão aquém quando comparadas com as tecnologias de países desenvolvidos. Há evolução nos conteúdos nacionais, principalmente a partir de parcerias com empresas do exterior. Esse é um dos papéis da Fiema, o de aproximar companhias locais de grandes desenvolvedores. A Fimma (feira realizada em Bento Gonçalves), por exemplo, ajudou a desenvolver fornecedores locais para a indústria de móveis. Nosso papel é fomentar este negócio, tornando-o grande como nos demais países. Na Fiema trabalhamos com 200 expositores, na Alemanha tem feira com 2,5 mil. Nosso potencial de crescimento é muito maior do que a maioria dos países.
Empresas & Negócios - Quais são as principais carências?
Favretto - Continuamos enterrando energia, falta transformar resíduos em energia. Já temos soluções para o lixo com alto teor calorífico para uso em indústrias cimenteiras. Hoje são enterradas milhares de toneladas diárias de plástico e papel, que têm alto poder de queima. Em outros países é feita a separação e os resíduos são transformados em energia elétrica ou calorífica. Isto ainda é ineficiente no Brasil, principalmente no setor público, que não faz parcerias público-privadas. Isto poderia baixar o custo da energia. Hoje são lixões que geram despesas para os municípios. Toda essa energia enterrada será fonte de garimpo no futuro, e fará falta. Na Alemanha, há cidades em que a dificuldade é obter insumos para as usinas, há disputa é muito grande pela atração de resíduos. Vamos nesta direção, mas ainda em velocidade muito baixa.
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