Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2016 às 10:19

Legenda oculta na publicidade

 LIVRARIA FNAC.    NA FOTO: TELEVISORES DE LED DE ÚLTIMA GERAÇÃO  AQUECEM AS VENDAS DO NATAL. TV LED - ULTRA FINA.

LIVRARIA FNAC. NA FOTO: TELEVISORES DE LED DE ÚLTIMA GERAÇÃO AQUECEM AS VENDAS DO NATAL. TV LED - ULTRA FINA.


JOÃO MATTOS/JC/JC
As campanhas que foram ao ar neste ano precisaram de um toque final extra. Uma nova lei de acessibilidade, que entrou em vigor no dia 3 de janeiro deste ano, exige que os filmes publicitários transmitidos pelos canais abertos tenham o recurso de legenda oculta, conhecido como "closed caption", capaz de tornar a peça compreensível para os deficientes auditivos. A exigência provocou uma corrida entre os anunciantes para se adaptar e trouxe um novo mercado para produtoras e empresas de "streaming", que distribuem os vídeos às emissoras de TV.
As campanhas que foram ao ar neste ano precisaram de um toque final extra. Uma nova lei de acessibilidade, que entrou em vigor no dia 3 de janeiro deste ano, exige que os filmes publicitários transmitidos pelos canais abertos tenham o recurso de legenda oculta, conhecido como "closed caption", capaz de tornar a peça compreensível para os deficientes auditivos. A exigência provocou uma corrida entre os anunciantes para se adaptar e trouxe um novo mercado para produtoras e empresas de "streaming", que distribuem os vídeos às emissoras de TV.
Desde 2006, as emissoras de TV estão sujeitas a cumprir normas para tornar seu conteúdo mais acessível. Um cronograma definido pelo governo determina que elas insiram recursos de legenda oculta, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras) gradativamente. Uma lei adicional, promulgada em 2015 e válida a partir deste ano, estendeu a regra ao conteúdo publicitário.
Até então, poucos anunciantes inseriam legenda nos seus comerciais. O recurso, em geral, estava nas campanhas do governo, de alguns bancos e poucas marcas, como Havaianas. Agora, as empresas correram para se adaptar. "Antes, tínhamos 10% a 15% dos anunciantes que pediam para colocar legenda no vídeo. Neste ano, se inverteu: 80% dos clientes estão solicitando", disse Fábio Brancatelli, diretor da A V Zarpa, empresa de distribuição de vídeos.
A concorrente Adstream, que distribui 3,5 mil vídeos por mês no País, também sentiu um aquecimento da demanda. Em 2014, a companhia inseria legenda oculta em cerca de 10 filmes por mês. Só janeiro, foram 116 inserções, segundo o CEO da Adstream, Celso Vergeiro. A empresa está investindo para montar uma nova estação de trabalho para fazer apenas legenda oculta. O custo estimado dos equipamentos e do treinamento dos operadoras é de cerca de R$ 80 mil. "A receita com a legenda oculta era insignificante para a empresa. Achamos que poderá ser até 30% do nosso faturamento até o fim do ano", disse Vergeiro. Na Adstream, a inserção das legendas custa cerca de R$ 750 por filme. As empresas estão correndo para fechar contratos com grandes anunciantes. Nivea e JBS, por exemplo, já fecharam contratos para inserir legendas.
Produtoras e companhias especializadas em comunicação acessível também devem disputar esse mercado. A Steno, que faz tradução simultânea em libras em eventos e adaptação de conteúdo televisivo, como o Jornal Nacional e o Big Brother, da Rede Globo, tenta ganhar clientes. Os anunciantes são favoráveis à adaptação do conteúdo, segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Com a medida, as marcas ampliam o canal de comunicação com quase 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, conforme dados de 2010 do IBGE.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO