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Lava Jato

- Publicada em 31 de Janeiro de 2016 às 18:11

Delatores apontam cinco contas de Cunha no exterior

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de receber propina em cinco contas no exterior que, até o momento, eram desconhecidas. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo, baseada em depoimentos dos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, após acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Caso confirmadas, as cinco contas se somariam às outras quatro que já haviam sido reveladas. Cunha nega a existência das contas.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de receber propina em cinco contas no exterior que, até o momento, eram desconhecidas. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo, baseada em depoimentos dos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, após acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Caso confirmadas, as cinco contas se somariam às outras quatro que já haviam sido reveladas. Cunha nega a existência das contas.
De acordo com os empresários, foram repassados US$ 3,9 milhões a cinco contas: Korngut Baruch, no Israel Discount Bank (Israel); Esteban García, no Merril Lynch Bank (EUA); Penbur Holdings, no BSI (Suíça); Lastal Group, no Julius Bär (Suíça); e Lastal Group, no Bank Heritage (Suíça). Os repasses foram realizados entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014.
Procurado, Cunha afirmou que "não existe qualquer fato novo na matéria que imponha nova manifestação".
A PGR investiga se Eduardo Cunha recebeu propina para garantir a liberação de recursos provenientes do FGTS para o financiamento das obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, conforme mostrou O Globo em dezembro. De acordo com a revista Época, o valor poderia chegar a R$ 52 milhões.
Em depoimento à PGR, segundo a revista, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior confessaram ter pago suborno a Cunha em 36 prestações depositadas em um banco israelense.

Instituto reitera que petista não tem apartamento no Guarujá

O Instituto Lula, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou, na noite deste sábado, que o petista jamais foi dono de um apartamento em Guarujá, no litoral paulista, que é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo. Em nota, o instituto acusa a imprensa, agentes públicos e a oposição de promover uma perseguição contra Lula.
Para a Promotoria, que ouvirá Lula em fevereiro, existem indícios de que os investigados - além do ex-presidente e sua mulher, o dono da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, preso na Lava Jato, e um engenheiro da empresa - tentaram esconder a verdadeira identidade dos donos do apartamento, o que pode envolver crimes como lavagem de dinheiro.
O texto traz documentos que, segundo o instituto, demonstram que a ex-primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, tinha uma cota da Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários) e abriu mão dela depois que o empreendimento Solaris, na praia de Astúrias, passou para a empreiteira OAS, quando a cooperativa quebrou.
Segundo a nota, dona Marisa, em 2005, investiu R$ 179.650,80 (cerca de R$ 286 mil, em valores atualizados) em uma cota-parte para adquirir a unidade 141 do edifício - gasto declarado à Justiça Eleitoral em 2006, já que Lula e dona Marisa são casados em comunhão de bens. "Mesmo não tendo aderido ao novo contrato com a incorporadora OAS, a família manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento", diz a nota. Um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris (2014), Lula e Marisa Letícia visitaram uma unidade disponível para venda no condomínio.

Alckmin diz que Lula é 'o retrato do PT: sem ética'

No sábado passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que "o Lula é PT, o Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites". As declarações de Alckmin foram dadas em comentário sobre as investigações do Ministério Público de São Paulo a respeito de um apartamento triplex no Guarujá (SP), construído e reformado pela empreiteira OAS e supostamente destinado ao ex-presidente Lula.
A empreiteira teve dirigentes investigados, presos e já condenados na Operação Lava Jato, enquanto o órgão estadual apura se Lula e a mulher, Marisa, teriam buscado mascarar a posse do bem para ocultar lavagem de dinheiro. "É muito triste o que estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", disse Alckmin.