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Política

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 20:48

Aécio Neves diz que reunião do Conselhão é 'midiática' e cobra reformas estruturais

Na avaliação de Aécio, o governo tenta apresentar uma "suposta pauta positiva", mas acaba levantando dúvidas sobre o real compromisso com a superação da crise

Na avaliação de Aécio, o governo tenta apresentar uma "suposta pauta positiva", mas acaba levantando dúvidas sobre o real compromisso com a superação da crise


GEORGE GIANNI/DIVULGAÇÃO/JC
Estadão Conteúdo
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 28, o presidente nacional do PSDB e principal líder da oposição, senador Aécio Neves (MG), cobrou do governo Dilma Rousseff a apresentação de reformas estruturais ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Para o tucano, o governo não tem noção da gravidade da crise econômica, age de maneira midiática ao reunir o "Conselhão" e já perdeu as condições para tirar o País do "atoleiro".
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 28, o presidente nacional do PSDB e principal líder da oposição, senador Aécio Neves (MG), cobrou do governo Dilma Rousseff a apresentação de reformas estruturais ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Para o tucano, o governo não tem noção da gravidade da crise econômica, age de maneira midiática ao reunir o "Conselhão" e já perdeu as condições para tirar o País do "atoleiro".
"É inútil reunir 92 pessoas quando todos nós sabemos que hoje o maior empecilho para se estabelecer o consenso mínimo para reformas estruturais é a posição do Partido dos Trabalhadores que tem se mostrado contrário ao ajuste fiscal e demanda a volta da desastrosa política econômica denominada 'Nova Matriz Econômica'", ataca Aécio.
O tucano cobrou do governo petista propostas de reforma tributária e previdenciária, além de iniciativas para retomada dos investimentos no setor do petróleo. "Infelizmente, ao invés de mostrar concretamente suas propostas de reformas, o governo federal mais uma vez faz uso de manobras midiáticas para tentar artificialmente criar uma agenda positiva. No final, essas medidas de marketing apenas agravarão a crise de credibilidade deste governo e dificultarão ainda mais o ajuste macroeconômico a ser feito", comenta o líder oposicionista.
Na avaliação de Aécio, o governo tenta apresentar uma "suposta pauta positiva", mas acaba levantando dúvidas sobre o real compromisso com o encaminhamento de propostas de superação da crise. "Mais uma vez, o governo sinaliza com o aumento de crédito subsidiado em mais de R$ 80 bilhões; a mesma política que foi adotada desde 2009 e que não levou ao aumento do investimento. A presidente parece esquecer que, sem confiança e credibilidade, mesmo que haja queda dos juros, os empresários não irão investir sem que o governo aprove medidas estruturais de controle do gasto", afirma. "Além disso, com o nível de endividamento das famílias hoje em 46% da renda e com o risco de perder emprego, os consumidores não entrarão em uma aventura de aumentar a sua dívida", completou.
Em um longo comentário sobre a reunião do Conselhão, o senador, que disputou com Dilma a presidência da República, se diz surpreso com o fato de o Executivo insistir em banda fiscal, apesar do elevado desequilíbrio nas contas. "O que é preciso é o compromisso claro do governo Dilma com alguma meta de primário, qualquer que seja essa meta, e o encaminhamento ao Congresso Nacional de um conjunto de reformas estruturais que sinalizem para o menor crescimento do gasto público", destacou.
Segundo Aécio, o governo "parece ainda não ter a exata dimensão da gravidade da situação econômica do Brasil". Em sua opinião, a melhor forma de combater a crise econômica e de credibilidade é "reconhecendo os erros" e sendo mais transparente, encaminhando as reformas estruturais ao Congresso Nacional. "Medidas pontuais de expansão do crédito de bancos públicos aumentam o custo financeiro da dívida, o subsídio, e dificultam o ajuste fiscal", afirmou.
No final da nota, Aécio conclui que o governo "está perdido em meio a crises de naturezas diversas". Ele afirma que faltou "a coragem necessária" para fazer o que era preciso. "A verdade é que sem o resgate da confiança, com a apresentação de uma agenda clara de reformas, não haverá o retorno dos investimentos e, sem eles, não superaremos nossas enormes dificuldades. E esse governo, ao que parece, infelizmente, já não tem mais condições de nós tirar do atoleiro em que ele próprio nos jogou", finaliza.
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