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Política

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 23:19

País sofre com falta de líderes políticos, aponta Carlos Melo

 palestra do Cientista Político, Carlos Melo, no British Club

palestra do Cientista Político, Carlos Melo, no British Club


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
"FHC (Fernando Henrique Cardoso, PSDB) e Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, PT) podem ser as últimas lideranças políticas do País", frisa o cientista político e professor do Insper Carlos Melo. Além dessa carência, o especialista alerta que o Brasil precisa estabelecer uma nova agenda econômica e um ordenamento político. Melo salienta que as próximas eleições municipais serão uma espécie de Copa São Paulo de Futebol Júnior (torneio que busca revelar jovens talentos).
"FHC (Fernando Henrique Cardoso, PSDB) e Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, PT) podem ser as últimas lideranças políticas do País", frisa o cientista político e professor do Insper Carlos Melo. Além dessa carência, o especialista alerta que o Brasil precisa estabelecer uma nova agenda econômica e um ordenamento político. Melo salienta que as próximas eleições municipais serão uma espécie de Copa São Paulo de Futebol Júnior (torneio que busca revelar jovens talentos).
O analista cita como nomes com potencial para crescer em um espaço de 10 anos os dos prefeitos de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM); de São Paulo, Fernando Haddad (PT); do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB); de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT); o deputado estadual carioca Marcelo Freixo (P-Sol); e o deputado federal pelo Rio Alessandro Molon (Rede). Sobre o prefeito da Capital, José Fortunati (PDT), diz que foi promissor no passado.
Melo avalia que o Brasil vive uma crise muito séria e atribui esse cenário, fundamentalmente, a um esgotamento estrutural e a alguns erros crassos. Um dos principais problemas, segundo ele, é a ausência de uma agenda do governo Dilma Rousseff (PT). Conforme o professor, durante a gestão José Sarney (PMDB), o foco era a redemocratização; na de Fernando Collor de Mello (na época, PRN), a modernização da economia; na de Itamar Franco, o início do Plano Real; nos governos de FHC, a consolidação do Plano Real e a reforma do Estado; e nos de Lula, um prosseguimento, sem a quebra de contratos, com avanços sociais.
Melo diz que se esperava de Dilma uma continuidade ao processo, com aprimoramento em áreas como infraestrutura, logística e educação, o que poderia ser feito junto com a iniciativa privada. No entanto, devido a uma visão ideológica de que o Estado pode fazer quase tudo, houve a interrupção das agendas. Entre os equívocos também cita o abandono das reformas estruturais, a instalação de um ministério opaco e o fato de as agências regulatórias terem virado moeda de troca. Melo palestrou na quinta-feira, em Porto Alegre, a convite da Braskem.
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