Os partidos que integram a base do governo estadual de José Ivo Sartori (PMDB) começaram a se articular, de forma conjunta, para as eleições municipais de 2016. Ontem, representantes de PMDB, PDT, PP, PSD, PSB e PPS se reuniram na sede estadual dos peemedebistas para discutir as possibilidades de coligações nas cidades gaúchas, especialmente na Capital. O sonho dos anfitriões do encontro é que as siglas apoiem a pré-candidatura do vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) e, vislumbrando um primeiro turno com mais candidaturas, já alinhavam apoios para um possível segundo turno eleitoral.
O café da manhã reuniu presidentes e dirigentes partidários. A única ausência foi a do deputado federal e presidente do PSDB, Nelson Marchezan Júnior, com problemas de saúde. "Temos identidades básicas que nos aproximam, apesar das diferenças. Integramos a base do governo e, antes da base, a coligação que o segundo turno das eleições (de 2014) produziu e saiu vitoriosa. Queremos que esta convivência seja preservada, na medida do possível, nas eleições municipais", afirmou o presidente do PMDB, deputado Ibsen Pinheiro.
O dirigente disse que, ainda que a maioria dos partidos tenha sinalizado a intenção de ter candidatura própria como o PDT, com a deputada Juliana Brizola -, a intenção é de não fortalecer as candidaturas de oposição. "Em alguns casos, a viabilidade das candidaturas é menor, mas mesmo inviável fortalece o partido. Mas queremos que nossa base não se pulverize a ponto de ensejar ao adversário, hoje isolado, uma possibilidade de sobrevivência pela pulverização de nossas forças", afirmou.
Ibsen disse ainda estar "muito otimista" com a construção de alianças com PDT e PSB. "Vou compreender que qualquer deles tenha candidato, mas eles vão me compreender se eu tiver a esperança que estejamos juntos com a candidatura de Melo", declarou.
De acordo com o presidente do PP, Celso Bernardi, ainda que o partido busque preferencialmente a candidatura própria, a construção de alianças também é almejada. "O presidente estadual do partido tem obrigação de estimular candidatura própria, mas também temos que fazer parcerias onde for possível", disse.
Neste cenário, mesmo com as pré-candidaturas de Kevin Krieger, Cassiá Carpes e Marcel van Hattem, o partido pretende "radicalizar o diálogo". "Temos um compromisso de ter uma candidatura que represente a continuidade da atual situação", afirmou. O grupo deve continuar se reunindo nas próximas semanas.