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Câmara dos Deputados

- Publicada em 19 de Janeiro de 2016 às 19:13

Para FHC, impeachment ficou um pouco difícil

Em sua primeira aparição pública em 2016, nesta terça-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se mostrou pouco confiante de que o processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) consiga avançar no Congresso Nacional. "Francamente, temos visto que o impeachment encaminhado pelas mãos do presidente do Congresso (sic) (presidente da Câmara) ficou um pouco difícil, ele próprio vai ser 'impeachado'. Prejudicou um pouco esse caminho", disse o tucano em evento do banco Credit Suisse, com centenas de pessoas ligadas ao mercado financeiro, referindo-se à possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em sua primeira aparição pública em 2016, nesta terça-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se mostrou pouco confiante de que o processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) consiga avançar no Congresso Nacional. "Francamente, temos visto que o impeachment encaminhado pelas mãos do presidente do Congresso (sic) (presidente da Câmara) ficou um pouco difícil, ele próprio vai ser 'impeachado'. Prejudicou um pouco esse caminho", disse o tucano em evento do banco Credit Suisse, com centenas de pessoas ligadas ao mercado financeiro, referindo-se à possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ex-presidente comentou também sobre os sinais de reaproximação entre Dilma e seu vice, Michel Temer (PMDB). "Acho que o vice-presidente, no cenário que está aí exposto, assumiu compromissos com uma linha mais consequente com o Brasil", completou. Temer, que chegou a mandar uma carta em tom de desabafo à presidente Dilma Rousseff, hoje está focado em se manter como presidente nacional do PMDB e aponta ver poucas chances de o impeachment evoluir no atual contexto.
FHC comentou a fala recente de Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, de que a cassação da chapa de Dilma e Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seria um caminho preferível ao impeachment, mas ponderou que o desfecho do processo cabe ao tribunal, e não aos atores políticos. Ele se mostrou ainda pouco confiante de que o processo para impedir Dilma e até mesmo a ação no TSE - apresentada pelo partido do ex-presidente, o PSDB - seja o melhor caminho. O ex-presidente afirmou que não estava ali para defender Dilma, mas que tirá-la do governo não representaria necessariamente uma boa solução.  

Deputado do PT quer que processo seja pautado antes do carnaval

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou, nesta terça-feira, que o impeachment precisa ser colocado em pauta já na abertura do trabalho da Câmara, em fevereiro. "Espero que, já na abertura da sessão, o presidente (Eduardo Cunha, PMDB-RJ) coloque em votação para a formação da comissão (do impeachment), dentro das regras definidas pelo Supremo", afirmou, após reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. "Espero definição antes até do carnaval."
Divergindo da postura da presidente Dilma Rousseff (PT), que disse que o tema de seu afastamento tem que ser tratado simultaneamente com outros temas, como o retorno da CPMF, Teixeira afirmou que é preciso um momento mais oportuno.
"O momento desse debate é outro momento, de maior força na base aliada. Só podemos enfrentar esse debate na hora que tem força para fazer", afirmou. Para Teixeira, a recriação da CPMF deve estar em um contexto de uma reforma tributária mais ampla. "Precisamos falar da taxação das grandes fortunas", afirmou.