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Política

- Publicada em 19 de Janeiro de 2016 às 21:44

MBL terá 15 candidatos à vereança no Rio Grande do Sul

 PASSEATA DA MANIFESTAÇÃO PRÓ-IMPEACHMENT DA DILMA.

PASSEATA DA MANIFESTAÇÃO PRÓ-IMPEACHMENT DA DILMA.


FREDY VIEIRA/JC
Com uma forte mensagem de apartidarismo nos protestos pró-impeachment realizados em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos principais articuladores das manifestações, pode lançar alguns de seus membros como candidatos a vereador em 2016. Só no Rio Grande do Sul, poderão sair cerca de 15 nomes aos legislativos municipais, filiados a partidos alinhados à causa do movimento, e que serão identificados por um selo de apoio. Também há a possibilidade de apoio a candidatos ao Executivo.
Com uma forte mensagem de apartidarismo nos protestos pró-impeachment realizados em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos principais articuladores das manifestações, pode lançar alguns de seus membros como candidatos a vereador em 2016. Só no Rio Grande do Sul, poderão sair cerca de 15 nomes aos legislativos municipais, filiados a partidos alinhados à causa do movimento, e que serão identificados por um selo de apoio. Também há a possibilidade de apoio a candidatos ao Executivo.
Prévias e debates internos ainda serão realizados para que sejam estabelecidos os nomes dos candidatos apoiados. O coordenador do MBL no Rio Grande do Sul, Felipe Pedri, explica que o movimento continuará tendo caráter suprapartidário, já que o candidato ligado ao grupo será identificado a partir de um selo. "O candidato vai ter que assinar um protocolo de intenção. Ele vai ter que conquistá-lo através da assinatura de uma carta de intenções e, a posteriori, um vídeo dizendo aquilo que ele firmou", explica Pedri.
Dada a conjuntura do momento, a aproximação com a política partidária é vista como natural tanto pelo MBL quanto por cientistas políticos. "Um movimento que se coloca no debate político de uma maneira tão incisiva obviamente não é surpresa que eles fossem absorvidos pelo sistema partidário", expõe o cientista político Paulo Peres. "Havia alguns integrantes que eram antipartidários, mas o movimento não. A ideia de suprapartidarismo não é a mesma coisa. Sendo suprapartidário, ele pode absorver partidos."
Pedri explica qual será o principal ponto a ser analisado no momento de conferir o selo a candidatos previamente inseridos na carreira política. "Tem que quebrar um pouco o círculo vicioso da política brasileira, e buscamos políticos que queiram essa ruptura", ressalta. Em se tratando de escolha de partidos, o coordenador salienta que os alinhados à esquerda são os únicos que estão sumariamente de fora. "Obviamente, às siglas da esquerda jurássica o MBL vai se opor. Agora partidos de centro e centro-esquerda e direita estarão dentro. Até por não termos muita representatividade da direita no Brasil. O próprio PSDB é considerado de direita, mas não é."
As siglas apontadas como prováveis parceiras também são as apoiadoras do movimento pró-impeachment, como o DEM e o próprio PSDB. "Isso tem a ver com a proximidade ideológica do discurso dos partidos com a causa do movimento. O DEM vem apoiando os pedidos de impeachment, assim como o PSDB", explica o cientista político. O PP e o PPS também foram cogitados, mas tanto Pedri como Peres consideram difícil a articulação dado o afastamento destes partidos da pauta contrária à permanência da presidente Dilma Rousseff (PT) no poder.
O cientista político acredita que os candidatos que aparecerem através do movimento encontrarão dificuldade de penetrar na carreira política já que existem figuras marcantes com o mesmo perfil em diversas esferas de poder. "Muitas pessoas entraram ou viram no meio do caminho uma possibilidade de fazer carreira política nacional. Estes provavelmente vão dividir votação com figuras como por exemplo, o Bolsonaro, e não terão sucesso." Como um todo, Peres crê que isso pode conferir mais responsabilidade ao movimento. "É positivo, já que significa que eles vão ser absorvidos por um sistema partidário e institucional, o que exige uma responsabilidade maior do que só falar", conclui.
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