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Política

- Publicada em 07 de Janeiro de 2016 às 18:32

Sindicalistas cobram do Piratini índice do piso

'Está na mão do governador', diz Bohn

'Está na mão do governador', diz Bohn


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Após o anúncio do governador José Ivo Sartori (PMDB), em entrevista ao Jornal do Comércio, de que vai reabrir as negociações entre empresários e sindicalistas para discutir o índice de reajuste do salário-mínimo regional, líderes sindicais disseram que o "debate foi esgotado" e cobraram uma definição do governo.
Após o anúncio do governador José Ivo Sartori (PMDB), em entrevista ao Jornal do Comércio, de que vai reabrir as negociações entre empresários e sindicalistas para discutir o índice de reajuste do salário-mínimo regional, líderes sindicais disseram que o "debate foi esgotado" e cobraram uma definição do governo.
"As negociações com os empresários, mediadas pelo governo, terminaram com um impasse. Defendemos o mesmo reajuste do salário-mínimo nacional (11,55%), mas os empresários não querem nem repor a inflação. Se formos chamados ao debate, vamos, mas, a princípio, o debate foi esgotado. Esperamos que o governo tome uma decisão", avaliou o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guimar Vidor.
Ao todo, três reuniões foram realizadas entre as partes, mediadas pelas secretarias do Planejamento; do Trabalho; e do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. Além disso, em 18 de novembro, os representantes dos trabalhadores se reuniram com o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi (PMDB), que havia prometido trabalhar para enviar um projeto sobre o tema ainda em 2015, o que não aconteceu.
Durante os encontros, os trabalhadores defenderam o mesmo reajuste do salário-mínimo regional (baseado na projeção do Ministério do Trabalho para a inflação de 2015), e os empresários, reajuste zero. E o governo propôs uma solução intermediária: a reposição da inflação descontado o crescimento negativo do PIB, o que daria um aumento de 9%.
"Depois das reuniões, com o impasse, concluímos que não havia mais o que conversar. E o que ficou acertado foi que os secretários que participaram dos encontros apresentariam algumas propostas para o governador", disse Vidor. 
O presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio), Luiz Carlos Bohn, concordou que Sartori deve se posicionar. "Na nossa visão, está na mão do governador, porque a lei diz que (o reajuste do salário-mínimo regional) é uma atribuição do Executivo, embora possa receber emendas na Assembleia Legislativa", afirmou Bohn. 
De qualquer forma, o presidente da Fecomércio disse que a entidade "está sempre aberta à negociação". Além disso, sustentou que o melhor caminho é a negociação dentro do Executivo, antes de encaminhar a lei do reajuste ao Legislativo. "É mais fácil negociar no Executivo. O Parlamento não é um espaço apropriado para isso", opinou. 
Segundo o secretário do Trabalho, Miki Breier (PSB), o governo pretende enviar a proposta de reajuste à Assembleia até fevereiro, visto que a data base para o mínimo regional é 1 de fevereiro. Atualmente, o salário-mínimo regional tem cinco faixas, que variam de R$ 1.006,88 a R$ 1.275,00, de acordo com o segmento profissional. 
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