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Política

- Publicada em 05 de Janeiro de 2016 às 22:19

Governador decide reabrir negociação do piso regional

'Se vão deixar o abacaxi para mim, assumo', diz Sartori sobre impasse

'Se vão deixar o abacaxi para mim, assumo', diz Sartori sobre impasse


FREDY VIEIRA/JC
Lívia Araújo
O governador José Ivo Sartori (PMDB) decidiu reabrir a negociação sobre o índice do salário-mínimo regional. "Eu sou teimoso e gostaria que isso fosse refeito." Ele assegurou que o reajuste será honrado: "O que é certo é que vamos cumprir a lei. No momento em que precisar apresentar, será apresentado", disse em entrevista ao Jornal do Comércio.
O governador José Ivo Sartori (PMDB) decidiu reabrir a negociação sobre o índice do salário-mínimo regional. "Eu sou teimoso e gostaria que isso fosse refeito." Ele assegurou que o reajuste será honrado: "O que é certo é que vamos cumprir a lei. No momento em que precisar apresentar, será apresentado", disse em entrevista ao Jornal do Comércio.
Sartori defende que a negociação entre empresários e trabalhadores seja esgotada na busca de um consenso. Por enquanto, cada lado apresentou um índice. "Isso não é solução nem para os empresários, nem para os trabalhadores. O que eu conversei no governo é no sentido de aproximar de novo."
O governador acrescentou, no entanto, que, se o impasse persistir, não se eximirá da palavra final. "Agora, se quiserem que o governo assuma só ele a sua responsabilidade e os outros fiquem livres politicamente dessa responsabilidade, aí é outro problema. Vão deixar o abacaxi para mim, não tem problema, eu assumo a minha parte."
Desde o início de dezembro do ano passado, três reuniões foram realizadas entre empresários e trabalhadores, mediadas pelas secretarias do Planejamento, do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. Dos encontros não saiu nenhum índice por consenso, mas duas sugestões: uma que repõe a inflação do período (baseada no IPCA, de 10,33% em dezembro de 2015) e outra que exclui desse índice o PIB regional negativo (o que daria 8% na época), que foram apresentadas ao governador após uma reunião interna entre as secretarias em 22 de dezembro.
Em uma reunião com as centrais sindicais em 18 de novembro, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi (PMDB), prometeu que faria o possível para que o Executivo encaminhasse a matéria à Assembleia Legislativa antes do fim do ano, mas nem mesmo na sessão extraordinária, em 28 de dezembro, o tema foi incluído.
Como a adoção do novo encargo da dívida com a União foi validado nessa sessão plenária e não precisará ser votado em convocação extra, a possibilidade é de que o piso regional seja retomado apenas na volta do recesso parlamentar, a partir de 3 de fevereiro. A CUT e outras entidades sindicais reivindicam a votação o quanto antes. Sartori confirmou que a vigência do novo piso deve ser retroativa a 1 de fevereiro.
O secretário do Trabalho, Miki Breier (PSB), disse que ainda não havia sido orientado pelo governador a abrir novas negociações. "Mas, se precisar fazer mais uma rodada de negociações, faremos. Queremos que o índice de reajuste seja enviado até fevereiro à Assembleia Legislativa, porque é a data-base", projetou.
A Secretaria do Planejamento, que foi sede dos encontros anteriores entre empresários e trabalhadores, em 7, 10 e 16 de dezembro, informou que, por enquanto, não há nenhum encontro marcado entre as três pastas, empresários e trabalhadores para debater um índice de reajuste.
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