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Governo Federal

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 19:58

Ministro acusa Eduardo Cunha de manobras

Jaques Wagner diz estar confiante e elogiou posição do Supremo

Jaques Wagner diz estar confiante e elogiou posição do Supremo


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), usou ontem as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do impeachment, e mostrou confiança no resultado do processo.
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), usou ontem as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do impeachment, e mostrou confiança no resultado do processo.
"Vamos obter muito mais do que os 171 votos necessários para barrá-lo, porque esse processo, que nasceu como um instrumento de vingança, não tem fundamentação jurídica para seguir em frente", disse o petista.
Ele ainda elogiou a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do trâmite do caso, ao afirmar que a Corte anulou "as manobras regimentais do presidente da Câmara".
"Eu, a presidenta Dilma (Rousseff, PT) e todo o governo estamos confiantes de que o processo de impeachment não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara", concluiu. Um dos principais auxiliares de Dilma, Wagner voltou a reconhecer falhas do governo na condução da economia nacional.
"Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia."
Wagner disse ainda que "as medidas contracíclicas tomadas produziram um problema fiscal que ela (presidente Dilma) se impôs consertar".
Na semana passada, em entrevista a uma rádio, ele apontou como equívocos, por exemplo, a "desoneração exagerada" e "programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava".
Nesta segunda, o petista ponderou, no entanto, que "impopularidade não é crime". "É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver."
Por meio de suas contas no Twitter e no Facebook, Wagner afirmou, nesta segunda-feira, que a presidente Dilma está confiante em relação ao processo que pede o seu afastamento e que o governo não apenas reconhece os erros que cometeu na economia, como está trabalhando para resolvê-los.
"Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia. É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver", disse.
Depois do ajuste fiscal, o governo prepara agora um pacote de medidas para tentar tirar o País da crise e fazer a economia voltar a crescer. Sobre o impeachment, o ministro afirmou que o processo "não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara". Para ele, o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as "manobras" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que "acabou com a banalização e a tentativa de uso político do impeachment". "Vamos obter muito mais do que os 171 votos necessários para barrá-lo, porque esse processo não tem fundamentação jurídica para seguir em frente", disse.

Presidente da Câmara espera concluir processo até março

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha, tem reiterado que o processo de abertura doimpeachment da presidente Dilma Rousseff deve durar no máximo até março na Casa. Para ele, não é possível prever o resultado, se os deputados darão ou não permissão para iniciar o processo. Se não autorizarem, o processo termina ali, mas se for aprovado, o impeachment passa a ser analisado pelo Senado.
Cunha repetiu que deve entregar as contestações e pedidos de esclarecimento sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal no processo de impeachment assim que a Câmara retomar os trabalhos, no início de fevereiro.
O Supremo também está de recesso, mas Eduardo Cunha informou que deve apresentar os embargos de declaração antes mesmo da publicação do acórdão, que é a decisão final sobre o tema. “Mesmo que tenhamos que reiterar depois da publicação, já há jurisprudência de que esses embargos podem ser apresentados com base nos votos dos ministros”, explicou.