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Opinião

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 14:53

O vilão do continente

Fico muito preocupado ao analisar os dados que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de divulgar: a taxa de desocupação na América Latina e no Caribe chegou a 6,7% em 2015, ante 6,2% em 2014. Trata-se do índice mais alto registrado em cinco anos. Isso significa que cerca de 1,7 milhão de trabalhadores perderam o emprego no ano passado. O número total de latino-americanos e caribenhos desempregados chegou a 19 milhões.
Fico muito preocupado ao analisar os dados que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de divulgar: a taxa de desocupação na América Latina e no Caribe chegou a 6,7% em 2015, ante 6,2% em 2014. Trata-se do índice mais alto registrado em cinco anos. Isso significa que cerca de 1,7 milhão de trabalhadores perderam o emprego no ano passado. O número total de latino-americanos e caribenhos desempregados chegou a 19 milhões.
Se os números continentais assustam-me como dirigente da Conlatingraf, os dados específicos sobre o nosso País estarrecem-me como cidadão brasileiro e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf): no Brasil, segundo a OIT, o desemprego aumentou 1,5%. E, o que é pior, o nosso indicador, considerado o tamanho de nossa economia e volume demográfico, teve fortes reflexos nas médias regionais. Estima-se que o desemprego no País tenha passado de 6,9% para 8,4% entre 2014 e 2015. Na América Central e no México, porém, observou-se uma queda do desemprego, de 5,2% para 4,8%, no mesmo período. No Caribe, a taxa aumentou apenas 0,3%, de 8,2% para 8,5%. Na América do Sul, o desempenho do Brasil teve impacto no aumento da média regional da perda de postos de trabalho, de 6,8% para 7,6%. Ao ponderar os índices dos países do Cone Sul (Argentina, Chile e Uruguai, sem incluir o Brasil), a OIT registrou uma queda de 0,3% no desemprego.
É constrangedor assistir à deterioração dos fundamentos da economia e constatar o crescente desgaste internacional da imagem de um País que tinha tudo para figurar entre os campões do desenvolvimento e da compliance. Como se não bastasse, a comédia de nossos Poderes Executivo e Legislativo e as intermináveis denúncias de improbidade são manchetes diárias na mídia internacional. Somos os novos vilões do continente! O mais grave é a inércia das autoridades na busca da retomada do crescimento econômico e solução dos problemas políticos que assolam o País.
Presidente da Confederação Latino-americana da Indústria Gráfica
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