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Opinião

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 18:22

A gestão da chantagem

Pode-se definir a chantagem como o exercício de um processo de pressão e/ou tortura mental sobre outra pessoa a fim de receber desta algo de seu interesse. O termo pode bem resumir a atuação do governo Sartori até agora. Os serviços públicos e o Parlamento foram submetidos à lógica de aprovar pacotes de ajuste fiscal sempre sob ameaças implícitas no discurso do caos adotado pelo governo e aliados.
Pode-se definir a chantagem como o exercício de um processo de pressão e/ou tortura mental sobre outra pessoa a fim de receber desta algo de seu interesse. O termo pode bem resumir a atuação do governo Sartori até agora. Os serviços públicos e o Parlamento foram submetidos à lógica de aprovar pacotes de ajuste fiscal sempre sob ameaças implícitas no discurso do caos adotado pelo governo e aliados.
Primeiro foi o atraso e parcelamento dos salários, onde a única alternativa era o aumento de impostos. Até mesmo o projeto que autorizava ampliar o uso dos depósitos judiciais foi condicionado, primeiro, à aprovação do tarifaço.
O tarifaço passou, e a chantagem voltou à ordem do dia: era preciso alterar o Regime de Previdência e o teto para pagamento das RPVs. E de novo os salários e o 13º voltaram a ser uma incógnita. As duas medidas foram aprovadas pela base aliada na AL/RS. Mas a sede neoliberal do governo Sartori é insaciável.
Nenhuma iniciativa que promovesse o desenvolvimento do Estado foi tomada. Pior ainda: o governo deixou de aplicar R$ 230 milhões em acessos asfálticos e estradas, de projetos da gestão Tarso Genro. Para não devolver esse dinheiro ao Bndes (já que não usou), pediu autorização à AL para aportar os recursos na Caixa de Administração da Dívida Pública (Cadip). Ou os deputados aprovavam, ou o dinheiro voltaria ao Bndes. Menos para as estradas. Hoje, com as rodovias em péssimas condições, o governo apresenta sua mais nova chantagem: o PL 509/2015, que trata da concessão de rodovias, com a volta dos pedágios.
Agora, começa 2016 dizendo que a prioridade é a concessão das rodovias para depois pensar em contratar brigadianos e pagar professores, ameaçados de perder o completivo que garante o piso do magistério. O governo está levando a população ao limite para impor sua visão privatista. A chantagem será retomada após o recesso. Num Parlamento que vive com a suspeição da compra de votos. Com ou sem segredos? A população gaúcha deve exigir a resposta.
Deputado Estadual - PT/RS
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