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Opinião

- Publicada em 15 de Janeiro de 2016 às 19:27

Igreja Católica, divorciados e a eucaristia

Segundo norma da Igreja Católica, o casamento é indissolúvel e, por isso, "não separe o homem o que Deus uniu". Assim, no entender da Igreja, quem se descasa e casa de novo vive em pecado permanente, resultando daí a negação de participar da eucaristia. Trata-se de uma tormentosa situação, imposta pela Igreja, vivida por milhares de católicos que gostariam de continuar na sua fé e receber a eucaristia. O constrangimento e a dor moral que a Igreja causa com tal imposição é, sem dúvida, uma das causas do esfriamento da fé católica e inclusive da perda de fiéis. A propósito, sabemos que Jesus Cristo, ao instituir a eucaristia, na Última Ceia, a serviu aos seus 12 apóstolos, incluindo Judas Iscariotes, seu traidor e, por isso, em pecado.
Segundo norma da Igreja Católica, o casamento é indissolúvel e, por isso, "não separe o homem o que Deus uniu". Assim, no entender da Igreja, quem se descasa e casa de novo vive em pecado permanente, resultando daí a negação de participar da eucaristia. Trata-se de uma tormentosa situação, imposta pela Igreja, vivida por milhares de católicos que gostariam de continuar na sua fé e receber a eucaristia. O constrangimento e a dor moral que a Igreja causa com tal imposição é, sem dúvida, uma das causas do esfriamento da fé católica e inclusive da perda de fiéis. A propósito, sabemos que Jesus Cristo, ao instituir a eucaristia, na Última Ceia, a serviu aos seus 12 apóstolos, incluindo Judas Iscariotes, seu traidor e, por isso, em pecado.
Assim, Cristo não exigiu estado de graça para dar a eucaristia, pois ele próprio a deu a quem sabia ser o seu traidor. A Igreja Católica precisa se libertar da cultura da culpa, oriunda da Idade Média. É verdade que os últimos papas pediram, publicamente, perdão pelos erros cometidos pela Igreja, na Idade Média, mas isso demorou mais de 600 anos.
Há pouco tempo, o Papa Francisco declarou que "todos nós somos pecadores", numa clara alusão de que o ser humano não é perfeito. Ora, se todos nós somos pecadores, inclusive a Igreja Católica, na referência feita pelo próprio Papa, quem teria autoridade para negar a eucaristia, na contramão do próprio Cristo, aos cônjuges que tiveram que se separar, até para proteger a si próprio e aos filhos e para evitar tragédias tão comuns nos conflitos familiares? Agora, após o último Sínodo, a Igreja fala em misericórdia para com os divorciados, como se continuassem a ser pessoas em permanente pecado. Assim, na minha visão, está mais do que na hora de a Igreja Católica rever certas posições, de duvidoso cristianismo, na sua relação com os divorciados que se casaram de novo. Afinal, quem é quem, nesse mundo pecador, para meter a "colher" na relação restrita ao casal e a Deus ou "jogar a primeira pedra"?
Advogado, ex-seminarista e recasado
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