O Exército sírio anunciou ontem a recuperação da cidade de Rabia, principal bastião rebelde na província de Latakia. A informação é da agência de notícias oficial Sana e do Observatório de Direitos Humanos.
Segundo uma fonte militar, as forças regulares, com a ajuda de milícias governamentais, conseguiram derrotar os rebeldes (opositores do presidente Bashar al-Assad), além de apreender seus armamentos. O número de mortos no confronto não foi divulgado.
De acordo com o Observatório de Direitos Humanos, a operação militar foi comandada e executada por oficiais russos, com a ajuda do Exército sírio e de milícias de várias nacionalidades. A ofensiva contra os rebeldes foi realizada por bombardeios aéreos. No Norte de Latakia, as forças de segurança enfrentaram o grupo terrorista Frente al-Nusra, braço sírio da Al-Qaeda, e outras facções aliadas.
Desde o início do mês, o Exército sírio vem recuperando o controle de zonas ao Norte da província, como a cidade de Salma. A retomada foi uma das vitórias mais significativas desde que a Rússia passou a intervir na guerra. O conflito armado na Síria já dura cinco anos. Mais de 250 mil pessoas morreram, e outras 11 milhões foram desabrigadas, segundo o observatório.
No sábado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os Estados Unidos e a Turquia estão preparados para uma solução militar para o país se um acordo político não for possível. "Sabemos que será melhor se pudermos chegar a uma solução política, mas estamos preparados, se isso não for possível, partiremos para uma solução militar para esta operação e remover o Daesh", disse Biden em uma entrevista coletiva após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Daesh é o acrônimo em árabe para Estado Islâmico (EI), que controla partes da Síria.