No dia 18 de janeiro completou um ano da morte do promotor argentino Alberto Nisman. Na data, milhares de pessoas se reuniram em Buenos Aires para pedir que a Justiça esclareça o que realmente aconteceu. O promotor foi encontrado morto quatro dias após denunciar a ex-presidente Cristina Kirchner por supostamente encobrir o envolvimento do Irã no atentado contra a entidade judaica Amia (Associação Mutual Israelita).
O ato nas ruas de Buenos Aires foi marcado por gritos de "justiça" e "assassina", além de muitos aplausos para familiares do promotor e representantes do novo governo federal, opositor ao kirchnerismo. Entre os presentes estavam a vice-presidente do país, Gabriela Michetti, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, e a mãe de Nisman, Sandra Garfunkel. Patricia contou que o caso está "encaminhado". "O governo já tomou muitas decisões e liberou os documentos (relacionados à morte do promotor) tidos como confidenciais."
Meia hora antes do início do evento, filas de manifestantes se formavam na entrada da praça Alemanha, no bairro de Palermo, onde o ato foi realizado. No início da manifestação, foi lida uma carta assinada pelas filhas do promotor, Iara, de 16 anos, e Kala, de 9, que não estavam presentes. O texto agradecia o apoio daqueles que pediam justiça.
O presidente da Daia (entidade judaica que organizou o ato), Ariel Cohen Sabban, disse esperar que o governo de Mauricio Macri traga "um novo horizonte" para as investigações. Em um encontro realizado no domingo, o presidente disse às filhas de Nisman que o Estado tem uma dívida com elas e se comprometeu a "fazer justiça".