Depois de um episódio de superlotação na semana passada, quando pacientes com transtornos mentais foram flagrados deitados no chão em colchonetes e cobertores no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), o Postão da Vila Cruzeiro, na Zona Sul da Capital, a superlotação causou problemas, no mesmo setor, no Postão da Vila IAPI, na Zona Norte.
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, e a vereadora Fernanda Melchionna (P-Sol) receberam a denúncia de que o setor, capaz de abrigar 15 pacientes, estava com 26. Os 10 leitos improvisados eram feitos de sofás, cadeiras e macas.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou o excesso de pacientes na tarde desta quinta-feira. "Como acontece nessas situações, a direção do PA está transferindo, com unidades do Samu, os excedentes para outras instituições da rede pública, qualificadas para esse tipo de atendimento. Com a transferência, a situação na unidade, que tem atendimento 24h, voltará à rotina normal", garantiu a pasta.
O Simers pretende responsabilizar criminalmente o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, por permitir a situação. Argollo argumenta que, no Hospital Parque Belém, há 40 leitos desocupados na área de dependência química. Somente 20 camas estão ocupadas, com pacientes de convênios.
O encaminhamento de pacientes mentais do Sistema Único de Saúde (SUS) ao Parque Belém foi suspenso, uma vez que, de acordo com a SMS, não há condições sanitárias e administrativas de contratualizar as internações.