As obras de restauro do Monumento aos Açorianos, localizado na avenida Loureiro da Silva, na Capital, foram iniciadas ontem. A estrutura de 17m de altura por 24m de comprimento passará por restauro das peças em aço, limpeza geral, pavimentação com paralelepípedo de granito e reposição da grama no entorno. Na recuperação, trabalharão seis funcionários da empresa Interativa Construções Ltda. O anúncio da intervenção foi feito no dia 7 deste mês, pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). A estimativa é que as obras de restauro durem 60 dias. O valor de contratação, via pregão, é de R$ 356 mil.
O engenheiro civil da empresa Interativa Construções Ltda. Antônio Tadeu Motter explica a diferença entre reforma e restauração. "A reforma é algo mais simples, usamos materiais novos. Já a restauração precisa de mais cuidados. Por exemplo, devemos investigar e recolher materiais originais da obra para poder manter a mesma estrutura da época em que foi construída", afirma.
O monumento estava cercado desde junho de 2013, por medida de segurança, devido à corrosão. Mesmo assim, pessoas utilizavam o local como cachorródromo. A prefeitura prometeu que um espaço, no próprio Largo dos Açorianos, será montado provisoriamente para os animais.
O início das obras expôs um risco ali existente, que vai além do perigo de desabamento devido à corrosão da estrutura. Como a escultura é oca na sua parte interna, a água da chuva foi acumulando, junto a restos de lixo jogados pela população. O resultado foi um ambiente propício à proliferação de mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus e febre chikungunya. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o início da intervenção, qualquer problema relacionado ao acúmulo de água será sanado.
Próxima dali, a Ponte de Pedra também será restaurada. O prefeito José Fortunati assina hoje a ordem de início do trabalho. Construída em 1848, a estrutura apresenta uma série de problemas causados, principalmente, por infiltrações de águas pluviais e pelo elevado nível do riacho, que deixava parte dos pilares submersos, provocando danos na alvenaria. Uma segunda etapa de obras prevê a urbanização do entorno, com reestruturação dos espelhos d'água, com instalação de ambientes de estar e novo projeto de iluminação.