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- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 16:10

Opas emite novo alerta sobre zika com aumento de casos de síndrome rara

A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), vinculada à Organização Mundial de Saúde, emitiu um novo alerta aos seus Estados-membros devido ao aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia.
A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), vinculada à Organização Mundial de Saúde, emitiu um novo alerta aos seus Estados-membros devido ao aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia.
No comunicado, divulgado nesta segunda-feira (18), a organização orienta os países a reforçarem a vigilância para detecção e confirmação de casos de infecção pelo vírus zika.
Hoje, 18 países têm casos autóctones (transmitidos no local) de infecção pelo zika, segundo boletim atualizado da Opas: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, São Martinho, Suriname e Venezuela.
Destes, 14 tiveram casos locais detectados nos últimos três meses, o que evidencia a expansão do vírus. Recentemente, autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram que o país registra casos importados (contraídos em outros países) de infecção pelo vírus.
O comunicado da organização também cita estudos que apontam a relação entre os casos recentes da síndrome de Guillain-Barré e infecções anteriores pelo vírus zika.
No Brasil, análise de amostras de sete pacientes de Pernambuco com a síndrome confirmaram a infecção por zika. Outro estudo, feito na Bahia, mostrou que, de 42 pacientes atendidos, 26 relataram sintomas anteriores do vírus, como febre baixa, manchas vermelhas no corpo e coceira.
Segundo a Opas, outros países da região também já começam a investigar um aumento de casos de Guillain-Barré. O aumento é observado desde dezembro em El Salvador, quando houve 46 casos, incluindo duas mortes. Antes, o país registrava uma média de apenas 14 casos da síndrome por mês.
Outra evidência vêm da Polinésia Francesa, um dos primeiros países a registrar uma epidemia de zika. Lá, 74 pacientes apresentaram síndromes neurológicas ou autoimunes após terem sintomas compatíveis com o zika. Destes, 42 foram classificados como Guillain-Barré.
Para a Opas, os achados "são consistentes com uma ligação temporal e espacial entre a circulação do vírus zika e o aumento de Síndrome de Guillain Barré". "Embora a patogênese (surgimento e evolução da doença) e fatores de risco associados ainda não tenham sido bem estabelecidos, é importante que os Estados-Membros implementem sistemas de vigilância para detectar aumentos incomuns em casos e preparar os serviços de saúde para o atendimento de pacientes com problemas neurológicos", informa.
A partir desses dados, a Opas recomenda que os países preparem os serviços de saúde para responderem a um aumento na demanda por atendimento especializado em casos como da síndrome de Guillain-Barré.
A organização sugere ainda que sejam incluídos na vigilância possíveis casos de outras doenças neurológicas, como síndrome de Fischer, encefalites e meningoencefalites, entre outras. "Embora na região das Américas essas síndromes não tenham sido relatadas até o momento, serviços e profissionais de saúde devem estar alertas para suas possíveis ocorrências", diz o comunicado.
Países também devem fortalecer a oferta de consultas durante o pré-natal diante do risco de complicações ao bebê, como a microcefalia, além de continuarem a realizar ações para reduzir a presença do mosquito transmissor do vírus zika.
A organização recomenda que os países aumentem a vigilância de casos de microcefalia e outras anomalias congênitas (transmitidas de mãe para filho). A organização recomenda ainda que bebês com a condição sejam avaliados por equipes médicas qualificadas "para verificar o alcance dos danos neurológicos, assim como detectar outras anomalias possíveis".
Folhapress
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