O protesto contra o aumento do preço das passagens do transporte coletivo em São Paulo foi dispersadoa por voltas das 19h30, depois de a Polícia Militar entrar em confronto com os manifestantes no início da Avenida 23 de Maio, no centro da capital. O local transformou-se em um campo de batalha, com a polícia jogando bombas de gás e disparando em direção a multidão. Alguns manifestantes arremessaram garrafas e pedras nos policiais. A maior parte dos participantes do ato deixou o local pelas ruas próximas ao Terminal Bandeira, no centro da cidade.
Desde o início da manifestação, os policiais cercavam os manifestantes, em uma tática denominada "envelopamento", em que os ativistas são bloqueados pelas laterais e pela retaguarda da passeata por um cordão policial. No entanto, quando a manifestação chegou ao início da 23 de Maio, após passar por debaixo do Viaduto do Chá, os participantes do protesto, repentinamente, correram em direção à pista que não estava bloqueada pelo policiamento e para um local da avenida onde não havia policiais.
A ação dos ativistas pegou a polícia e alguns motoristas desprevenidos. Dois carros ficaram presos entre os ativistas e tentaram escapar usando marcha à ré. Os policiais correram em direção aos manifestantes na tentativa de refazer o cerco original e afastar os ativistas do veículos. A ação da polícia gerou confronto com os manifestantes.
Os policiais passaram então a disparar contra a multidão e a lançar bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Parte dos ativistas atirou garrafas e pedras nos policiais. Rojões foram arremessados contra a polícia. A partir desse momento, começaram a ocorrer atos de vandalismo. Lixeiras foram queimadas, carros apedrejados e ônibus, destruídos por mascarados.
A polícia informou que houve pessoas feridas e casos de detenção, mas não forneceu mais detalhes.