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Geral

- Publicada em 07 de Janeiro de 2016 às 18:59

Lego lança robôs para ensinar de biologia a linguagens em escolas

A Lego Education, divisão de educação da Lego, se prepara para vender no Brasil um kit de robótica que poderá ser usado para ensinar do ciclo de vida dos anfíbios ao funcionamento das comportas de uma represa -áreas como ciências da terra, biologia, engenharia e mesmo ciências humanas.
A Lego Education, divisão de educação da Lego, se prepara para vender no Brasil um kit de robótica que poderá ser usado para ensinar do ciclo de vida dos anfíbios ao funcionamento das comportas de uma represa -áreas como ciências da terra, biologia, engenharia e mesmo ciências humanas.
Disponível para pré-venda desde dezembro, deve chegar ao Brasil somente em março. A demora se deve a trâmites burocráticos de importação, afirma a empresa.
O kit para montagem dos robôs, que conta com blocos de Lego, motores e sensores, custará R$ 1.200 e poderá ser usado por dois alunos por vez. O software para programação do equipamento, que atende à escola inteira, custará R$ 1.150.
Fabricado na Indonésia, o kit WeDo 2.0 tem como foco escolas com alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, da faixa de 6 a 10 anos de idade, e teve lançamento mundial na terça-feira (5).
O WeDo 2.0 poderá ser aplicado em atividades direcionadas. Uma das propostas é a construção de robôs representando as diversas fases da vida de um sapo.
"A programação é feita por meio de um software intuitivo", afirma a formadora de professores da Lego Education, Carolina Luvizoto.
Há também propostas abertas, sem uma prescrição clara de como deve ser o processo, como a de criar uma ponte. Professores com domínio sobre o material poderão criar outros projetos.
"O software tem uma área para registro das descobertas durante o processo. O professor pode pedir anotações sobre o desenvolvimento do anfíbio em forma de tabela, de texto corrido ou diagrama, por exemplo, trabalhando várias linguagens", diz Luvizoto.
A Lego também oferece o treinamento de professores para trabalhar com o produto. A formação varia entre 4 e 16 horas, e uma tabela de custos ainda não foi definida para o Brasil.
Uma equipe de treinamento acompanha os professores nos primeiros dias de utilização do produto e um canal on-line serve para troca de experiências com colegas -uma versão brasileira ainda não foi criada.
De acordo com Luvizoto, o material da Lego foi criado com base no Pisa (programa internacional de avaliação de estudantes) e nos currículos de Estados Unidos, Alemanha e China.
A versão para o Brasil foi adaptada seguindo diretrizes do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa e os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados como base na elaboração de currículos.
Ela cita como exemplo o uso de dados do Ministério da Agricultura para a atividade de construção de um medidor pluviométrico e um mecanismo de alarme. Originalmente, os dados eram da central de meteorologia dos Estados Unidos.
"Não é uma tradução do material em inglês, há um mergulho de especialistas de educação da área", diz.
A professora da Faculdade de Educação da PUC-SP Alda Luiza Carlini afirma que o materiais pedagógicos como robôs ou laboratórios de informática devem estar inclusos no processo pedagógico da escola para ter influência positiva no aprendizado.
"Ao visitar uma escola como mãe ou avó, eu perguntaria como aquilo compõe a formação integral da criança e quanto tempo toma de aula. A questão não é tamanho ou sofisticação, mas entender para que vai ser utilizado. O conteúdo não pode estar confinado à robótica, mas se estender a outras áreas, como física, matemática e química."
Carlini, da PUC-SP, afirma que cursos de robótica são uma nova moda em escolas privadas, assim como foi a educação ambiental.
"Ninguém sabe exatamente o que é, mas quando olha exatamente, vê que não é tão diferente do que qualquer menino fazia quando montava uma arapuca ou um estilingue -artefatos que resolvem problemas- ou um trenzinho", diz.
Ela afirma que há exemplos de aulas simples e efetivas de robótica para crianças feitas a base de sucata.
Segundo Roberta Baldivia, responsável pela Lego Education no Brasil, os preços do WeDo 2.0 são elevados no país pela incidência de 35% de impostos sobre a importação, 10,65% de Cofins, 2,10% de PIS, 18% de ICMS e 10% IPI.
Ela afirma que a empresa busca encaixar o produto na categoria educacional -atualmente, é classificado pelo governo como brinquedo-, o que faria com que os custos de importação baixassem.
Folhapress
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